O acesso à moradia digna tem avançado de forma significativa no meio rural do Paraná. Nesta terça-feira (10), o Governo do Estado anunciou em Curitiba a criação do Casa Fácil Rural, nova modalidade do programa habitacional Casa Fácil Paraná, voltada exclusivamente para atender agricultores familiares e trabalhadores rurais. O lançamento foi acompanhado da assinatura dos primeiros convênios com 14 municípios, com previsão de construção de 383 unidades habitacionais, número que deve chegar a 1.045 residências em 23 cidades paranaenses nesta fase inicial. O investimento é expressivo: R$ 13,6 milhões oriundos dos cofres estaduais.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou o papel estratégico da agricultura para a economia paranaense e a relevância de garantir dignidade para quem sustenta esse sistema produtivo.
“O Paraná é o supermercado do mundo por sermos grandes produtores e exportadores de alimentos. Isso não acontece por acaso. São milhares de famílias que vivem e trabalham no campo. Levar moradia digna a esses agricultores é uma forma concreta de valorizar esse trabalho e de fortalecer ainda mais o setor que projeta o nosso estado para o mundo”, afirmou o governador.
A iniciativa é desenvolvida e coordenada pela Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), em parceria com a Caixa Econômica Federal, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida Rural, seguindo os critérios estabelecidos pelo Governo Federal. De acordo com o diretor-presidente da Cohapar, Jorge Lange, as obras das primeiras moradias já devem ter início no mês de junho.
“Hoje, formalizamos convênios que vão beneficiar mais de mil famílias que vivem no meio rural em condições precárias. Essas pessoas, que muitas vezes vivem em casas improvisadas ou em situação de vulnerabilidade, poderão, enfim, ter uma moradia própria e digna”, declarou Lange.
A nova modalidade é voltada a agricultores familiares e trabalhadores rurais com renda anual de até R$ 40 mil, aferida por meio da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou por documentação comprobatória, como carteira de trabalho e contracheques. O programa exige uma contrapartida simbólica de R$ 750 por unidade, valor que será isento para beneficiários do Bolsa Família. Todo o restante da construção será subsidiado por recursos estaduais e federais.
As obras serão executadas por construtoras contratadas por licitação, em terrenos cedidos pelas prefeituras ou pela própria Cohapar. Os beneficiários não precisarão realizar qualquer trâmite burocrático individual: a adesão ao programa é feita por meio de entidades organizadoras, como cooperativas e associações comunitárias.
No evento de lançamento, prefeitos de diversos municípios contemplados participaram da solenidade e celebraram a chegada do programa às comunidades rurais.
“Somos o quinto maior município do Paraná em extensão territorial e temos mais de 7 mil habitações rurais, muitas em condições precárias. Esse projeto vem atender um sonho antigo de famílias que sempre desejaram ter uma moradia de verdade, com segurança, conforto e dignidade”, afirmou Adelmo Luiz Klosowski, prefeito de Prudentópolis, município localizado nos Campos Gerais.
Desde sua criação, em 2019, o Casa Fácil Paraná já entregou 85 mil unidades habitacionais no estado e promoveu a regularização fundiária de mais de 18 mil imóveis, totalizando um impacto direto na vida de mais de 110 mil famílias. Nos últimos seis anos, o programa movimentou cerca de R$ 17,2 bilhões em investimentos públicos e privados em habitação.
Com o lançamento do Casa Fácil Rural, o governo amplia seu foco de atuação para atender uma das camadas mais vulneráveis e historicamente negligenciadas da população paranaense.
“A habitação rural não pode ficar fora da pauta de desenvolvimento. Quando o agricultor tem uma casa segura, ele também tem mais estabilidade emocional, mais produtividade no campo e permanece em sua terra com dignidade”, pontuou Jorge Lange.
Para as famílias interessadas, o passo inicial é realizar o cadastro gratuito no site da Cohapar (www.cohapar.pr.gov.br/cadastro). O registro é válido por dois anos e fundamental para participar das seleções futuras do programa, inclusive das novas modalidades rurais. O governo reforça que o processo é simples, gratuito e seguro.
