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SEGURANÇA ALIMENTAR

Calendário de semeadura da soja sofre alterações em cinco estados

Medidas visam conter a ferrugem asiática, uma das principais ameaças à cultura da soja e melhorar a produtividade.
Essas adaptações regionais têm como objetivo garantir que o cultivo da soja seja adequado às características específicas de cada localidade, permitindo maior eficiência e menor risco de doenças. Foto: Divulgação Pixabay

A agricultura é uma dança cuidadosa com a natureza, onde o cenário agrícola no Brasil, esta em constante evolução e cada passo é crucial para garantir uma colheita abundante. E o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem como prioridade manter a saúde das plantações e impulsionar a produção. Recentemente, foi divulgada a Portaria nº 886, que traz ajustes significativos no calendário de semeadura da soja em cinco estados brasileiros e essa mudança não é apenas uma questão de logística, é uma estratégia na luta contra uma das doenças mais severas que afetam essa cultura: a ferrugem asiática, enquanto também se esforçam para melhorar a eficiência da produção.

Bahia: Menos dias, mais eficiência

Na Bahia, o período de semeadura da soja para a safra 2023/2024 passou por uma pequena redução, indo de 1º de outubro a 31 de dezembro de 2023. A mudança de 100 para 92 dias atendeu a uma solicitação do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal. Com essa adequação, busca-se otimizar o plantio e, ao mesmo tempo, conter a ameaça da ferrugem asiática.

Rondônia: Unificação do calendário

Em Rondônia, a medida atendeu ao pedido do Órgão Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, que buscou simplificar o calendário. Agora, o estado terá um período único de 100 dias para a semeadura, de 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023. Essa unificação visa tornar mais eficaz o controle da ferrugem asiática.

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul: Ajustes regionais

Nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, foram consideradas as solicitações dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal e razões técnicas específicas. Essas mudanças levam em consideração a diversidade geoclimática e os diferentes arranjos produtivos presentes em várias regiões desses estados.

  • Paraná: O estado foi dividido em três regiões, cada uma com seu próprio calendário. A primeira vai de 20 de setembro a 18 de janeiro de 2024, a segunda de 11 de setembro a 20 de dezembro de 2023 e a terceira de 17 de setembro a 15 de janeiro de 2024.
  • Rio Grande do Sul: Também dividido em três regiões, com datas que variam. A primeira de 1º de outubro a 18 de janeiro de 2024, a segunda de 1º de outubro a 28 de janeiro de 2024 e a terceira de 1º de outubro a 08 de janeiro de 2024.
  • Santa Catarina: O estado foi dividido em quatro regiões, variando de 13 de outubro a 10 de fevereiro de 2024, 02 de outubro a 30 de janeiro de 2024, e de 02 de outubro a 10 de janeiro de 2024, dependendo da região.

Essas adaptações regionais têm como objetivo garantir que o cultivo da soja seja adequado às características específicas de cada localidade, permitindo maior eficiência e menor risco de doenças.

Combate à Ferrugem Asiática

O calendário de semeadura é uma medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário, com o propósito de reduzir a presença da ferrugem asiática da soja, uma das doenças mais severas que afetam essa cultura. Essa medida faz parte do Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), cujo objetivo é reduzir a necessidade de aplicação de fungicidas e minimizar o risco de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi a produtos químicos.

A ferrugem asiática é uma ameaça constante para a produção de soja, podendo causar danos substanciais em diferentes estágios de crescimento da planta. Em regiões onde se torna epidêmica, pode resultar na perda de até 90% da produção.

As mudanças no calendário de semeadura da soja em cinco estados brasileiros representam um esforço conjunto para fortalecer a agricultura e garantir a qualidade da produção. Essas adaptações visam, acima de tudo, controlar a ameaça da ferrugem asiática e permitir que os agricultores produzam de maneira mais eficaz, adaptada às peculiaridades de suas regiões. A busca por soluções fitossanitárias é essencial para manter a segurança alimentar e o sucesso da agricultura brasileira.

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