A busca pela excelência na produtividade do rebanho bovino é uma missão constante para os produtores agropecuários. No entanto, muitas vezes, alcançar resultados excepcionais não demanda grandes investimentos, mas sim ajustes inteligentes nas rotinas diárias. Um exemplo notável é a implementação das boas práticas de manejo no confinamento, fundamentais para o sucesso da atividade sem impactar negativamente os custos ou o tempo dedicado às tarefas.
A terminação de bovinos em confinamento oferece uma série de vantagens significativas para a cadeia produtiva da pecuária de corte ao longo do ano. Desde o equilíbrio na oferta de animais terminados até a redução da pressão de pastejo nas pastagens durante o período seco, essa prática tem se destacado como uma estratégia eficaz para otimizar a produção e reduzir a idade de abate do rebanho.
Embora os bovinos sejam naturalmente animais herbívoros adaptados ao pastejo, a vida em confinamento é viável quando feita de maneira adequada. Para garantir essa transição suave, é crucial respeitar diversas rotinas de manejo, como o controle do tamanho e número de animais por lote, garantindo um espaço adequado por cabeça, além de condições climáticas favoráveis e a ausência de estímulos estressantes nos currais.
“É essencial monitorar de perto cada animal, observando sinais como a ruminação, o vazio fundo e qualquer comportamento fora do padrão”, ressalta Isaias Martim, zootecnista.
A recepção dos animais após o transporte é um momento crítico, pois o estresse pode afetar diretamente seu desempenho. Recomenda-se permitir que os bovinos se recuperem em um piquete com pastagem antes do processamento, facilitando a adaptação ao novo ambiente. A separação dos lotes deve ser feita com cuidado, levando em consideração características como peso, raça, e condições de saúde, garantindo que cada grupo receba os cuidados adequados.
No que diz respeito à alimentação, diferentes estratégias podem ser adotadas, como o programa de escadas ou a restrição gradual da quantidade de alimento, dependendo das necessidades específicas de cada rebanho. O monitoramento constante é fundamental, tanto para garantir o consumo adequado quanto para identificar eventuais problemas de saúde ou desempenho.
“A precisão no carregamento dos ingredientes da dieta é crucial para evitar variações no consumo e garantir resultados consistentes”, destaca Martim. Além disso, a observação das fezes dos animais fornece insights valiosos sobre a saúde e a eficácia da dieta, permitindo ajustes rápidos e precisos.
Em resumo, as boas práticas de manejo no confinamento são indispensáveis para o sucesso da atividade pecuária. Ao priorizar o bem-estar e a individualidade de cada animal, os produtores podem não apenas melhorar o desempenho do rebanho, mas também garantir uma operação mais lucrativa e sustentável a longo prazo.