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BOVINOS- ESTRESSE TÉRMICO

Calor intenso no campo: Estratégias para proteger a produção pecuária do estresse térmico

Onda de calor intenso atingindo a maior parte do Brasil. Entenda como as mudanças climáticas afetam o gado e saiba como os pecuaristas podem minimizar perdas e garantir a saúde dos animais.
onda de calor intenso que vem atingindo a maior parte do Brasil é preciso ter cuidados extras com os bovinos. Foto: Pixabay

As oscilações de temperatura podem representar uma grande influência no desempenho dos bovinos, afetando desde o ganho de peso até a reprodução dos rebanhos. Com a onda de calor intenso que vem atingindo a maior parte do Brasil é preciso ter cuidados extras com os bovinos, pois o estresse térmico a que são submetidos pode causar perdas produtivas nos rebanhos.

E Para evitar perdas significativas e preservar a eficiência produtiva do gado, torna-se crucial compreender os efeitos do estresse térmico e as formas de mitigá-lo.

De acordo com Caio Borges, médico veterinário, os impactos das altas temperaturas variam conforme a categoria e origem dos animais, considerando os limites térmicos e a zona de conforto de cada espécie.

“Estudos revelam que para bovinos recém-nascidos, a temperatura mínima crítica é de 10ºC, com conforto térmico entre 18 e 21ºC, e temperatura máxima suportada de 26ºC. Bovinos de origem europeia, por exemplo, suportam temperaturas entre -1 e 16ºC, com máxima de 27ºC. Já os de origem indiana toleram de 10 a 27ºC e suportam até 35ºC”, esclarece Borges.

O exceder desses limites pode levar os animais à hipertermia, demandando processos termorreguladores para restabelecer a temperatura corporal normal. Essa condição, se prolongada, pode ocasionar desde redução da imunidade até diminuição na produção de leite, perdas reprodutivas e complicações no sistema digestivo dos animais.

O especialista indica medidas para minimizar os efeitos do estresse térmico, como o fornecimento de sombra, ventilação adequada, acesso constante a água limpa e em quantidades suficientes, ajustes na alimentação para incentivar a ingestão nos horários mais frescos e adaptações nos manejo reprodutivo.

Além dessas práticas, Borges recomenda o uso de uma suplementação rica em vitaminas e minerais essenciais para que o organismo dos animais enfrente e reduza os efeitos do estresse térmico, mitigando os impactos produtivos na fazenda.

“A suplementação é uma solução valiosa, complementar às estratégias de manejo existentes, fornecendo aos animais uma suplementação equilibrada que fortalece o organismo contra os danos do estresse térmico, reduzindo seus efeitos negativos na produção pecuária”, conclui o médico veterinário.

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