Com o início da campanha de vacinação contra febre aftosa, o manejo vacinal vem à tona como uma importante etapa do processo produtivo da cadeia da carne bovina, pois, se realizado de forma inadequada, pode causar lesões e gerar estresse aos animais, comprometendo o resultado do negócio do pecuarista, a qualidade do produto final e podendo gerar descartes. Por isso, cada vez mais se fala de boas práticas no preparo para vacinar o rebanho.
Rúbia Barra é uma pecuarista atuante na causa do bem-estar animal e, pelo seu trabalho realizado com a vacinação dos animais, foi premiada com a vitória na primeira edição do Desafio da Pecuária Responsável, realizado pela Phibro Saúde Animal em 2022. A partir do desenvolvimento de um procedimento operacional padrão (POP), ela não somente conseguiu garantir uma melhor eficiência na imunização, como também reduziu os índices de lesões em sua propriedade.
Transferindo conhecimentos da saúde humana para a animal, o POP aplicado por Rúbia, cuja formação é na área da odontologia sanitarista, consiste em acondicionar vacinas e medicamentos, trocar as agulhas durante a vacinação e fazer o uso de cuba ultrassônica com detergente enzimático para limpeza e autoclave para esterilização de seringas e agulhas reutilizáveis.
Como mencionado anteriormente, os resultados na fazenda de Rúbia demonstram a eficiência do POP, reduzindo, inclusive, as reações vacinais. No entanto, a pecuarista pontua outro fator que a permitiu alcançar esse feito. “Além do procedimento, o brete de contenção exerce um papel fundamental para o sucesso do manejo de vacinação, pois ele contribui para que as operações sejam realizadas com respeito ao bem-estar do animal”.
Importância da contenção bovina
Uma das ferramentas que o produtor tem em mãos para que o manejo de vacinação seja conduzido com calma é a contenção bovina. A operação do brete para conter os animais individualmente enquanto ocorre a aplicação da vacina é outro elemento que auxilia nos resultados dessa campanha.
“Temos visto que vacinar o rebanho é essencial para a sanidade dos bovinos, rumo ao objetivo de tornar o Brasil uma área livre de aftosa, e a redução de desperdícios em toda a cadeia pensando no futuro. Nesse sentido, o manejo individual para a aplicação da vacina é um dos fatores que proporcionam resultados positivos, levando lucratividade ao negócio dos pecuaristas”, destaca o Gerente Comercial de indústria de tecnologia para o manejo e contenção de bovinos (brete) , Gustavo Lazarin.
Assim como o POP idealizado por Rúbia Barra, a contenção individualizada do gado é uma estratégia para não estressar e reduzir a incidência de lesões nos animais e nos profissionais do campo, com o objetivo de reduzir o desperdício e o descarte de carcaças neste elo da cadeia da carne, o que contribui simultaneamente para o bem-estar animal e humano e para a sustentabilidade.
“A vacinação no equipamento de contenção individual leva o mesmo tempo que vacinar em brete coletivo, tendo como benefício uma imunização de qualidade e segura para as pessoas e os animais, com menos acidentes e contusões no processo. Consequentemente, mediante essa prática, as fazendas obtêm melhores resultados e retorno financeiro, proporcionando uma evolução do setor da pecuária como um todo, difundindo a realização de manejos responsáveis voltados ao bem-estar animal e humano”, explica Lazarin.
