Em busca de soluções que unam eficiência agronômica e preservação ambiental, cientistas do Laboratório de Química de Avançado (Laqma) da UFPR e da Embrapa Desenvolvem uma técnica pioneira de transformação de cascas de ovos em fertilizantes ecológicos. A iniciativa não apenas enfrenta o desafio global do descarte de 6 milhões de toneladas de cascas de ovos anualmente, mas também oferece uma alternativa sustentável que promove a economia circular e a inovação no setor agrícola.
Práticas agrícolas sustentáveis: Uma nova era na nutrição vegetal
Ao empregar um processo de moagem mecanoquímico, os pesquisadores procuram combinar cascas de ovos com fosfatos de potássio, resultando em compostos nutritivos essenciais, como fósforo, cálcio e potássio. O fertilizante resultante não apenas impulsiona o crescimento saudável das plantas, mas também apresenta uma solubilidade em água reduzida, minimizando o risco de eutrofização em corpos d’água.
Eficiência e preservação: Os benefícios do fertilizante inteligente
Segundo Roger Borges, pesquisador da Embrapa, os fertilizantes inteligentes se destacam não apenas pela sua eficiência agronômica superior, mas também pela contribuição significativa à preservação ambiental. O professor Fernando Wypych, do Departamento de Química da UFPR, ressalta que a técnica garante uma liberação controlada de nutrientes, redução do desperdício e do impacto ambiental.
Impacto econômico e valorização de resíduos
Tabatha Lacerda, Diretora Administrativa do Instituto Ovos Brasil, destaca a dimensão econômica e ambiental dessa inovação. A reutilização das cascas de ovos não apenas mitiga o impacto ambiental, mas também transforma resíduos em produtos de alto valor agregado, impulsionando a economia circular e a inovação no setor agrícola.
Esse avanço representa um marco significativo na busca por práticas agrícolas mais sustentáveis, evidenciando o potencial das soluções baseadas na economia circular para enfrentar os desafios ambientais contemporâneos. A pesquisa destaca a contribuição positiva dos ovos, não apenas como uma fonte de proteína sustentável, mas também como uma inovação que transforma seus resíduos em ativos valiosos para a agricultura e o meio ambiente.
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