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Febre aftosa: São Paulo se prepara para retirada da vacinação em 2024

Rumos e desafios após a retirada da vacinação, Coordenadoria de Defesa Agropecuária de São Paulo intensifica medidas em prol da sanidade animal e reconhecimento internacional
Em continuidade ao plano estratégico, o MAPA autorizou a suspensão da vacinação nos Estados do Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, que terão a última etapa em abril de 2024. Foto: Ilustrativa Pixabay

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo inicia 2024 com a implementação de ações estratégicas para o reconhecimento internacional da zona livre sem vacinação contra a Febre Aftosa. Este processo, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), será apresentado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em agosto deste ano, com expectativa de reconhecimento internacional em maio de 2025.

Após a última campanha de vacinação, realizada em novembro de 2023, o Estado de São Paulo adotará novas medidas para manter a sanidade do rebanho pecuário. Breno Welter, médico-veterinário e gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa (PEEFA), destaca a importância do empenho coletivo do setor produtivo na vigilância e prevenção da doença, bem como na detecção precoce em caso de reintrodução da enfermidade.

Em continuidade ao plano estratégico, o MAPA autorizou a suspensão da vacinação nos Estados do Amapá, Bahia, Maranhão, Pará, Rio de Janeiro, Roraima e Sergipe, que terão a última etapa em abril de 2024. Essa medida visa alinhar esses estados com os demais do Bloco IV e evitar restrições no trânsito de animais e produtos.

A meta nacional é que o Brasil se torne totalmente livre de Febre Aftosa sem vacinação até 2026. A partir de 1º de maio de 2024, será implementada uma norma restritiva para a movimentação de animais e produtos entre os estados que suspenderam a vacinação e os demais que ainda a praticam.

Os estados Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte do Amazonas manterão a vacinação contra a doença. Essa restrição visa cumprir os requisitos da OMSA, que exige a suspensão da vacinação e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados propostos, por no mínimo 12 meses, para o reconhecimento internacional.

Com a retirada da vacinação, os produtores serão responsáveis pela declaração do rebanho nos meses de maio e novembro. Essa declaração não se limita aos bovídeos, incluindo também outras espécies presentes na propriedade, como equinos, suínos, ovinos, caprinos e aves.

O setor agropecuário de São Paulo está em processo de transição rumo à zona livre de Febre Aftosa sem vacinação, exigindo cooperação, vigilância e adequação por parte dos envolvidos, visando à preservação da sanidade animal e ao reconhecimento internacional como área livre da doença.

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