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Tratamento de sementes forrageiras: Impacto na produtividade e rentabilidade das pastagens

Especialistas revelam dicas essenciais para escolher sementes de qualidade e evitar armadilhas
Foto: Divulgação

O mercado de sementes forrageiras tem evoluído rapidamente, trazendo inovações tecnológicas que beneficiam os produtores rurais. Entre essas inovações, destaca-se o Tratamento de Sementes Industrial (TSI), que envolve a aplicação precisa de inseticidas e fungicidas nas sementes, melhorando significativamente a proteção e a plantabilidade. A empresas de produção de sementes tem se destacado por utilizar essa tecnologia de maneira eficaz, oferecendo sementes forrageiras de alta qualidade.

Segundo a Dra. Marina Lima, doutora em Zootecnia e técnica de sementes e sustentabilidade, o TSI traz múltiplos benefícios, como uniformidade no plantio, redução de horas máquina, ampla proteção contra fungos e insetos e alta pureza das sementes, livres de impurezas como torrões, palha e plantas daninhas.

Apesar das empresas confiáveis, que investem em rigorosos processos de pesquisa e qualidade, há no mercado sementes fora dos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Algumas dessas sementes utilizam tratamentos ineficazes, como calcário e gesso, que apenas aumentam o peso sem agregar valor real, comprometendo a eficácia do plantio.

Para ajudar os produtores a fazer escolhas mais acertadas, a Dra. Marina Lima compartilha cinco dicas cruciais:

Cinco dicas para escolher sementes forrageiras de qualidade

  1. Certificação e procedência
    • Verifique se a empresa produtora é certificada e de confiança. O MAPA controla a qualidade das sementes, assegurando que sejam produzidas dentro dos padrões exigidos, com alta pureza e viabilidade. “Certificação é uma segurança a mais”, destaca Marina.
  2. Peso de Mil Sementes (PMS)
    • Conheça o PMS das sementes que está adquirindo, uma informação disponível no termo de conformidade que acompanha a nota fiscal. O PMS é crucial para avaliar a qualidade das sementes e a taxa de semeadura necessária. Sementes com maior PMS indicam tratamento mais robusto, impactando diretamente a quantidade de sementes por embalagem e a recomendação de semeadura por hectare.
  3. Uniformidade do tratamento
    • O tratamento deve ser homogêneo para evitar problemas no plantio, como o embuchamento das plantadeiras. Tem tecnologias, por exemplo, que garante que apenas sementes selecionadas por peso, densidade, tamanho e cor recebam seu selo, resultando em um tratamento uniforme que facilita o plantio.
  4. Plantabilidade
    • Sementes com tratamento uniforme se adaptam a diversos métodos de plantio, incluindo linha, vácuo, aéreo ou a lanço. O grafite usado na tecnologia Advanced da SOESP reduz a aderência nos maquinários, melhorando a eficiência do plantio.
  5. Custo por hectare formado
    • Avalie o custo por hectare formado, não apenas o preço por quilo de semente. Informações sobre PMS e recomendação de semeadura devem ser analisadas conjuntamente. Quanto maior o PMS, menor a quantidade de sementes na embalagem, aumentando a necessidade de uma maior quantidade por hectare e, consequentemente, o custo final. “Analisar essas informações em conjunto é crucial para não encarecer o custo final”, afirma Marina.

Tem algumas tecnologias que oferece sementes forrageiras tratadas com dois fungicidas e um inseticida, protegendo as sementes desde o armazenamento até o início da germinação. Essas sementes são uniformes, resistentes e adaptáveis a qualquer semeadora, garantindo um plantio eficiente e sem problemas de entupimento.

A importância do Tratamento de Sementes Industrial (TSI)

O TSI, quando bem executado, promove uma série de vantagens que são essenciais para a produtividade e a lucratividade das pastagens. As sementes tratadas industrialmente possuem proteção integrada contra pragas e doenças, o que assegura um desenvolvimento saudável das plântulas e, consequentemente, uma pastagem mais vigorosa e produtiva.

Além disso, a uniformidade no plantio proporcionada pelo TSI contribui para uma cobertura mais homogênea da pastagem, facilitando a gestão do pasto e aumentando a eficiência do uso das terras. Isso se traduz em menor necessidade de replantio e menor gasto com insumos e mão de obra.

Em contrapartida, sementes com tratamentos inadequados podem levar a problemas sérios, como baixa germinação, desenvolvimento irregular das plântulas e maior susceptibilidade a pragas e doenças. Isso não só prejudica a produtividade como também pode levar a prejuízos financeiros significativos.

Escolher as sementes forrageiras certas é uma decisão crucial que pode influenciar diretamente a produtividade e a lucratividade das pastagens. Investir em sementes de alta qualidade, certificadas e tratadas com tecnologias avançadas como o TSI, é fundamental para assegurar um plantio eficiente e uma pastagem vigorosa.

Produtores e técnicos devem estar atentos às certificações, ao PMS, à uniformidade do tratamento e à plantabilidade das sementes. Seguindo essas dicas, é possível evitar armadilhas e garantir que cada hectare de pastagem seja formado com a máxima eficiência e qualidade.

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