O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu uma marca histórica este ano, alcançando a impressionante cifra de R$ 1,150 trilhão, revelam as últimas estimativas com base em dados de setembro. Isso representa um aumento de 2,7% em relação ao ano anterior, quando o valor foi de R$ 1,120 trilhão, com um acréscimo de 30 bilhões em valores absolutos.
O setor de lavouras despontou com um crescimento notável de 4,8%, gerando um faturamento de R$ 812 bilhões, enquanto a pecuária, apesar de uma ligeira retração de 2,2%, ainda contribuiu com um faturamento significativo de R$ 337,8 bilhões. Esse desempenho excepcional é amplamente impulsionado pela safra recorde de grãos, destacando-se como o principal fator por trás desses resultados positivos.
Dentre os destaques deste ano, vários produtos apresentaram um desempenho particularmente favorável, incluindo amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, soja, milho, tomate e uva, com aumentos consideráveis no Valor Bruto da Produção.
José Gasques, coordenador geral de Planos e Cenários da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, atribui esse resultado excepcional principalmente à combinação de preços favoráveis e volumes de produção significativos.
No entanto, alguns produtos como algodão, batata inglesa, café e trigo tiveram um impacto negativo, com uma queda no VBP, principalmente devido aos preços mais baixos observados ao longo de 2023. Por outro lado, a pecuária teve um desempenho notável com suínos, ovos e leite contribuindo positivamente.
Os dados revelam que cinco produtos específicos, representando 82,0% do VBP das lavouras, se destacaram com um desempenho excepcional: soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, juntos totalizando um impressionante montante de R$ 665,2 bilhões no Valor da Produção Agropecuária.
Em termos regionais, Mato Grosso lidera o ranking, seguido por Paraná, São Paulo e Minas Gerais, com um faturamento combinado de R$ 592,6 bilhões, correspondendo a 51,5% do VBP total do país, solidificando ainda mais a posição do Brasil como uma potência agrícola global.