No mundo equino, a implementação de protocolos sanitários adequados transcende a simples prevenção de doenças; é um investimento crucial para a preservação da saúde, do bem-estar e da economia ligada a esses majestosos animais. Em uma conversa com a médica-veterinária Fernanda Ambrosino, exploramos as facetas críticas da vacinação e vermifugação periódicas, revelando como essas práticas são fundamentais para resguardar equinos de doenças infecciosas e parasitas intestinais.
No centro desse cuidado preventivo, destacam-se doenças como a raiva, encefalomielite e tétano. A raiva, transmitida por morcegos hematófagos, não só ameaça a vida dos equinos como também representa um risco zoonótico. A encefalomielite equina, transmitida por mosquitos, e o tétano, proveniente de lesões associadas ao solo, são males que podem levar à paralisia e até à morte. Fernanda Ambrosino adverte que o contágio não exige contato direto, tornando a prevenção uma necessidade para todos, independentemente do isolamento.
Além das ameaças neurológicas, enfermidades respiratórias como a influenza equina e a adenite equina (garrotilho) demandam atenção. A influenza equina, reconhecida globalmente como desencadeadora de surtos respiratórios, pode impactar significativamente o desempenho dos animais. Já a adenite equina, embora tenha uma baixa taxa de mortalidade, impõe prejuízos econômicos pela suspensão das atividades e custos de tratamento.
Fernanda destaca a interligação inextricável entre saúde e bem-estar equino. As doenças preveníveis não apenas causam desconforto, mas também afetam o desempenho. A vacinação não é apenas um ato de proteção, mas uma contribuição para a construção de um ambiente mais sustentável. Além disso, ela desempenha um papel crucial na saúde pública, evitando a propagação de doenças zoonóticas.
A vermifugação, muitas vezes subestimada, é um pilar importante na batalha contra parasitas internos. Utilizando vermífugos orais de amplo espectro, como a ivermectina e o praziquantel, os equinos podem ser protegidos contra endoparasitas. Fernanda recomenda entre 3 e 4 vermifugações anuais, adaptando-se à contaminação ambiental.
Por fim, a criação de um calendário sanitário de vacinação e vermifugação bem elaborado é a chave para uma proteção duradoura. Respeitando as necessidades específicas de reforço para cada vacina e vermífugo, os criadores podem não apenas evitar perdas econômicas, mas também preservar a saúde de seus preciosos equinos. Este é um compromisso com a sustentabilidade e com o futuro saudável de uma população equina.
