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MANEJO DA SOJA

Safra de Soja 2024/25: Estratégias essenciais para enfrentar desafios e garantir recordes de produção

Expectativa de 322,47 milhões de toneladas destaca a importância de controles eficazes contra doenças como antracnose e ferrugem asiática; especialistas reforçam manejo integrado para potencializar produtividade.
Plantação de soja. Foto: Divulgação.

O plantio da safra de soja 2024/25 já começa a movimentar o agronegócio brasileiro, com projeções otimistas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção estimada em 322,47 milhões de toneladas representa um crescimento de 8,3% em relação ao ciclo anterior, estabelecendo um marco histórico. A área plantada também deve crescer, atingindo 81,34 milhões de hectares, um aumento de 1,9%. Contudo, esses números recordes só serão alcançados com manejos rigorosos, especialmente no combate a doenças que ameaçam a produtividade.

Principais desafios para os produtores

Nesta temporada, os sojicultores enfrentam o desafio de conter doenças como a antracnose (Colletotrichum truncatum) e a cercosporiose (Cercospora kikuchii). Altamente prevalentes, esses patógenos comprometem o desenvolvimento da planta e a formação dos grãos, reduzindo a rentabilidade das lavouras. Segundo Lenisson Carvalho, gerente de marketing de fabricante de defensivo agrícola, o manejo preventivo é crucial.

“Patógenos como esses podem se desenvolver desde a emergência da planta. É indispensável começar o controle no início do ciclo para evitar danos irreversíveis”, explica Carvalho.

Soluções tecnológicas no controle de doenças

O uso de fungicidas de amplo espectro, tem se mostrado uma ferramenta indispensável no manejo integrado. De acordo com Carvalho, a formulação do produto combina três ingredientes ativos que oferecem tripla ação: protetora, preventiva e curativa.

“O fungicida de amplo espectro, se diferencia por sua tecnologia inovadora. Além de combater a antracnose e a cercosporiose, ele garante fotoproteção, resistência à chuva e adesividade, potencializando o controle e assegurando altos índices de produtividade”, destaca o especialista.

Esses atributos permitem uma melhor fixação dos ativos nas folhas, garantindo que as plantas recebam o tratamento na dose certa e no momento adequado.

Doenças emergentes e estratégias de controle

Além das doenças mais conhecidas, outras como mancha-alvo (Corynespora cassiicola) e mancha-parda (Septoria glycines) também exigem atenção. A mancha-alvo, transmitida por sementes infectadas ou restos culturais, pode ser controlada com sementes de boa sanidade, rotação de culturas e uso adequado de fungicidas. Já a mancha-parda é favorecida por alta umidade e temperaturas entre 15°C e 30°C.

Outra ameaça crítica é a ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), considerada a doença mais severa que afeta a cultura da soja.

“A ferrugem asiática pode causar perdas de até 90% da produção. Por se espalhar pelo vento, sua disseminação é rápida e pode comprometer grandes áreas”, alerta Carvalho.

Para combatê-la, os produtores devem adotar práticas como rotação de culturas, uso de fungicidas multissítios, controle de plantas invasoras e o cumprimento do vazio sanitário.

A intensificação da produção e a pressão das doenças

Com o aumento da área cultivada, agora superior a 45 milhões de hectares na safra 2023/24, e o uso intensivo de cultivares, a pressão de doenças nas lavouras também cresce. Estratégias de manejo integrado tornam-se indispensáveis para garantir a sustentabilidade da produção.

“O uso de tecnologias avançadas e o planejamento adequado são fundamentais para que o Brasil continue sendo líder global na produção de soja”, conclui Carvalho.

Com estimativas tão promissoras, os produtores têm nas mãos a oportunidade de superar desafios e consolidar mais um marco histórico no agronegócio brasileiro. O cuidado no manejo de doenças será, sem dúvida, o diferencial para transformar potencial em resultados concretos.

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