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Projeto gratuito de técnicas de fabricação de queijos finos capacitam produtores e eleva valor do leite no Oeste do Paraná

De experimentos na cozinha à abertura de restaurantes: como o Biopark está revolucionando a produção de queijos e impactando vidas no segundo maior estado leiteiro do Brasil
O projeto do Biopark, que conta atualmente com 17 produtores, visa diversificar ainda mais esse cenário, oferecendo técnicas para a produção de 15 tipos diferentes de queijos. Foto: Divulgação

No coração do Oeste do Paraná, um projeto inovador está redefinindo o cenário do agronegócio leiteiro. Sob a batuta do Biopark – Parque Tecnológico, o segundo maior produtor de leite do país se tornou o palco de uma transformação que vai muito além da ordenha. A filósofa Cirlei Rossi, que há seis anos buscava resgatar o sabor dos queijos da infância, é uma das protagonistas desse enredo que agora envolve pequenos produtores e suas famílias.

O projeto, iniciado em 2019, oferece gratuitamente a pequenos e médios produtores a oportunidade de aprenderem as técnicas de produção de queijos finos, elevando o valor agregado do leite na região. Cirlei, que começou suas experiências na cozinha, agora se prepara para abrir um restaurante em Toledo, resultado do sucesso nos negócios após adotar as técnicas aprendidas.

Marcia Ludwig, produtora de queijos em Sede Alvorada, Cascavel, compartilha uma trajetória semelhante. Ao aderir ao projeto, ela viu seu negócio crescer, fabricando dois tipos de queijos finos e mudando a realidade financeira de sua família. Hoje, ela destaca o suporte completo e gratuito oferecido desde o início.

Com mais de 12 milhões de litros de leite produzidos diariamente no estado, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) revela que mais de 41% dessa produção é destinada à fabricação de queijo. O projeto do Biopark, que conta atualmente com 17 produtores, visa diversificar ainda mais esse cenário, oferecendo técnicas para a produção de 15 tipos diferentes de queijos, com mais três técnicas programadas para o primeiro semestre de 2024.

O pesquisador do Laboratório de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação em Queijos Finos (PDI) do Biopark, Kennidy de Bortoli, destaca que o projeto vai além da capacitação. É uma jornada que inicia com a avaliação da qualidade do leite, passa pela seleção da tecnologia de queijo mais adequada e culmina na divulgação e comercialização do produto. Toda essa assessoria, segundo Bortoli, é por conta do Biopark e de parceiros estratégicos como SEBRAE e Sistema FAEP/SENAR.

O cuidado em garantir que cada produtor escolha tecnologias diferentes para evitar a homogeneidade na produção é um dos diferenciais do projeto. Isso não só contribui para a diversidade de produtos na região como também impulsiona a construção da Rota de Queijos Finos no Oeste paranaense.

Para o futuro, o projeto visa expandir ainda mais a diversidade de queijos disponíveis na região, mantendo como foco principal o aumento da renda dos pequenos e médios produtores de leite. Nas mãos do Biopark, a produção de queijos finos não é apenas um processo técnico, mas uma jornada que impacta vidas e transforma a realidade econômica das famílias do Oeste do Paraná.

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