A cultura do milho ocupa uma posição de destaque na produção agrícola brasileira, sendo apenas superada pela soja, que lidera a produção de grãos no país. Esses dados e muitos outros podem ser encontrados no 7º Levantamento da Safra de Grãos 2022/23, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo esse levantamento, a estimativa é que a produção brasileira de grãos atinja 312,5 milhões de toneladas na safra 2022/23, representando um aumento de 15% em relação à temporada anterior, que registrou 272,43 milhões de toneladas.
Embora os números sejam promissores, os produtores sabem que não podem descuidar de suas lavouras, pois as pragas, doenças e adversidades climáticas não dão trégua. Guilherme Acquarole, engenheiro agrônomo, destaca que existem relatos de agricultores que já tiveram perdas de até 60% de suas plantações devido a pragas, como a cigarrinha-do-milho.
A cigarrinha-do-milho deposita seus ovos na base da planta, em bainhas secas e em outros resíduos vegetais. Após a eclosão dos ovos, as ninfas se deslocam para as raízes e radicelas, onde se fixam e começam a sugar a seiva. Elas ficam envoltas por uma densa espuma produzida por elas mesmas. O ciclo total desse inseto dura de 65 a 80 dias, e é comum ocorrerem três gerações anuais em épocas de chuvas.
O engenheiro agronômo, ressalta que existem soluções efetivas no mercado para o controle de pragas, especialmente a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis). Entre essas soluções, ele destaca um inseticida do grupo químico dos neonicotinoides, que atua como modulador competitivo de receptores nicotínicos da acetilcolina. O produto é altamente solúvel e sistêmico, o que permite rápida absorção, translocação e distribuição na planta, proporcionando um período prolongado de controle. Isso paralisa o ataque da praga, reduzindo a transmissão de viroses.
O inseticida é uma ferramenta importante no manejo estratégico de pragas sugadoras e pode ser utilizado em associação com outros inseticidas. Seu uso é recomendado nos estágios mais críticos das culturas, garantindo a melhor proteção nas principais plantações de milho.
“Com essas ferramentas, é possível realizar um controle efetivo, garantindo maior produtividade agrícola e fortalecendo a atividade industrial”, enfatiza Guilherme Acquarole”.