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PISCICULTURA

PISCICULTURA BRASILEIRA GANHA DESTAQUE INTERNACIONAL PELA BAIXA PEGADA DE CARBONO

Tilápia e tambaqui se consolidam como referências em sustentabilidade, qualidade produtiva e impacto social positivo no Brasil
Piscicultura brasileira alia inovação tecnológica e rigor sanitário para garantir segurança alimentar. Foto: Divulgação.

A piscicultura brasileira vem se firmando como uma das cadeias produtivas mais sustentáveis do País e, ao mesmo tempo, ganhando destaque no cenário internacional. Espécies como a tilápia e o tambaqui estão entre as proteínas animais de menor emissão de carbono, colocando o Brasil em posição de liderança quando o assunto é qualidade produtiva, compromisso ambiental e impacto social.

Segundo Francisco Medeiros, presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), esse avanço está diretamente ligado ao modelo produtivo adotado no país. “A ração utilizada na criação de peixes no Brasil é majoritariamente composta por grãos, o que reduz a dependência de proteínas de origem marinha, normalmente obtidas pela pesca. Isso contribui significativamente para a sustentabilidade”, afirma.

A tilápia, espécie originária da África, encontrou no Brasil condições ideais para o desenvolvimento, graças à qualidade da água e à disponibilidade de ração vegetal. Já o tambaqui, nativo da Amazônia, é um exemplo de produção regionalizada que valoriza a biodiversidade e se adapta de forma natural às condições do Norte do país. Essas características tornam o cultivo brasileiro altamente eficiente e reconhecido por sua capacidade de integrar conservação ambiental e geração de alimento.

Tecnologia, inovação e segurança alimentar

O setor de piscicultura no Brasil também vem incorporando avanços tecnológicos que fortalecem a sustentabilidade e a segurança alimentar. A tilápia, em especial, tornou-se a espécie que mais adota inovação na cadeia produtiva, com práticas de nutrição de precisão, controle sanitário e rastreabilidade.

Para Medeiros, esse é um diferencial que reforça a competitividade do país. “É fundamental que todo peixe chegue ao mercado com inspeção adequada. Isso protege o consumidor, evita riscos sanitários e amplia a confiança internacional no nosso produto”, ressalta.

A legislação ambiental e sanitária brasileira está entre as mais exigentes do mundo, e a fiscalização atua de forma rigorosa em todas as etapas da produção. Esse arcabouço regulatório garante não apenas a qualidade do peixe consumido no mercado interno, mas também fortalece a imagem do Brasil como fornecedor responsável no mercado global.

Impacto social e desenvolvimento regional

Além dos ganhos ambientais e tecnológicos, a piscicultura desempenha papel relevante na economia e no desenvolvimento social. A atividade gera milhares de empregos diretos e indiretos em comunidades do interior, estimulando a renda e oferecendo novas oportunidades para pequenos produtores rurais.

“Sem dúvidas, a piscicultura é uma atividade essencial para o desenvolvimento econômico e social de pequenas comunidades. Lá fora, esse trabalho alinhado à agenda sustentável está sendo fortemente reconhecido”, destaca Medeiros.

Ao unir biodiversidade, eficiência produtiva e responsabilidade socioambiental, o Brasil consolida sua posição como referência mundial em piscicultura sustentável. O futuro do setor aponta para maior protagonismo nas discussões globais sobre segurança alimentar e preservação ambiental.

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