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ALIMENTAÇÃO GADO CONFINADO

Nova abordagem na alimentação do gado confinado: Menos silagem e mais grãos

Pesquisa revela mudanças significativas na alimentação bovina, destacando redução de volumosos e aumento de ingredientes concentrados, impulsionando ganhos de peso e impactos positivos no meio ambiente.
A pecuária brasileira está passando por uma revolução silenciosa, impulsionada por métodos inovadores de alimentação e abate do gado. Foto: Divulgação

Um estudo realizado pela Unesp em Jaboticabal, interior de São Paulo, revela uma transformação marcante na alimentação do gado brasileiro mantido em confinamento para abate. Nutricionistas responsáveis pela dieta de seis milhões de animais em todo o país participaram da pesquisa, destacando mudanças cruciais na composição dos alimentos fornecidos.

Desde 2009, uma tendência notável vem se consolidando: a redução significativa no uso de ingredientes volumosos, como silagem, em detrimento do aumento da inclusão de grãos concentrados na dieta dos bovinos. Essa transição, de acordo com os dados mais recentes, não apenas otimiza a produtividade, mas também traz benefícios ambientais significativos.

Em uma comparação entre os dados de 2009 e as descobertas atuais, observa-se uma queda considerável na proporção de volumosos na alimentação, caindo de 28,8% para 15,7%. Em contrapartida, houve um aumento notável na inclusão de grãos concentrados, que passaram de 71,2% para 84,3% ao longo de 15 anos.

O destaque vai para o milho, amplamente utilizado como principal grão na dieta do gado confinado, escolha de 97,2% dos nutricionistas entrevistados. Segundo especialistas, essa mudança na composição da dieta não apenas reduz os custos operacionais para os produtores, mas também tende a resultar em um ganho de peso mais eficiente nos animais, reduzindo o tempo necessário no confinamento.

Além disso, a pesquisa revela uma crescente utilização de coprodutos na alimentação do gado confinado, indo de 79,7% para 92,7% entre 2009 e 2023. Esses coprodutos, incluindo polpa cítrica, caroço de algodão, torta de algodão, casca de soja e DDGs (grãos secos de destilaria), não só oferecem uma alternativa econômica, mas também contribuem para uma dieta mais balanceada e sustentável para os animais.

“O aumento no consumo desses coprodutos é um indicador positivo, pois significa que os animais estão aproveitando recursos nutritivos que, de outra forma, seriam desperdiçados”, destaca o pesquisador, Danilo Millen, responsável pelo estudo.

Essas descobertas não apenas refletem uma evolução na prática da nutrição animal, mas também apontam para um futuro mais sustentável e eficiente na produção de carne bovina no Brasil.

Descubra como a alimentação programada e o abate estratégico estão transformando a indústria pecuária brasileira

A pecuária brasileira está passando por uma revolução silenciosa, impulsionada por métodos inovadores de alimentação e abate do gado. Uma pesquisa reveladora traz à tona os detalhes desse avanço, mostrando não apenas um aumento na produtividade, mas também uma melhoria significativa na qualidade dos produtos finais.

Uma das mudanças mais marcantes é a adoção massiva do método de descarregamento programado, em contraste com o tradicional sistema de bica corrida. Essa transição, impulsionada pela busca por maior controle e eficiência, está se mostrando crucial para reduzir o desperdício e garantir uma alimentação precisa e balanceada para o gado.

Segundo Danilo, especialista no campo, “o descarregamento programado permite um controle preciso da quantidade de alimento destinado a cada grupo de animais, evitando desperdícios e garantindo uma distribuição adequada”. Essa mudança não apenas beneficia os produtores, mas também contribui para a saúde e bem-estar dos animais.

Além disso, o estudo revela um aumento significativo no número de animais confinados destinados ao abate. Esse aumento, que atingiu 18,2% em 2023, é um indicador claro da eficácia do confinamento na busca por maior produtividade em menos tempo.

Um dado interessante é a preferência dos clientes dos nutricionistas pelo confinamento de animais da raça Nelore, que vem passando por um constante melhoramento genético. Esse fenômeno, aliado às práticas inovadoras de alimentação, está elevando ainda mais a qualidade da carne produzida no Brasil.

Com um rebanho bovino estimado em 202,8 milhões de cabeças, o Brasil se destaca como o segundo maior país em confinamento, atrás apenas dos Estados Unidos. Esse crescimento impressionante, que representa 12,18% do rebanho mundial, reflete não apenas a eficiência das práticas adotadas, mas também o potencial do país no cenário global da pecuária.

Em resumo, a adoção de métodos inovadores de alimentação e abate está impulsionando uma verdadeira revolução na indústria pecuária brasileira. Com um foco crescente na eficiência, qualidade e bem-estar animal, o setor está se preparando para enfrentar os desafios do futuro com confiança e determinação.

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