O mercado de soja está passando por turbulências, e produtores precisam se preparar para um cenário desafiador. A Bolsa de Chicago indica uma tendência de preços baixos, enquanto os custos de produção estão em alta. Somando-se a isso, a imprevisibilidade climática, marcada pela chegada prevista do La Niña, eleva as preocupações dos agricultores.
Diego Caputo, gerente comercial de agronegócios, destaca a importância da gestão de riscos diante das incertezas. Ele alerta que, com a possível redução das margens de lucro, os produtores precisam antecipar o planejamento para a safra 2024/2025.
No contexto global, a perspectiva de oferta elevada de grãos pressiona os preços internacionais da soja para baixo. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima um aumento na área semeada e na produção mundial de soja. No entanto, a demanda não acompanha o ritmo, resultando em estoques globais historicamente altos.
No Brasil, diversas regiões produtoras enfrentam adversidades climáticas, e a previsão de safra recorde foi rejeitada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O valor da saca no mercado interno está abaixo de R$ 100, pressionando ainda mais os produtores, que enfrentam altos custos de produção.
Além dos desafios econômicos, o clima é uma grande preocupação. A chegada do La Niña sugere secas na região Sul, impactando a produção, enquanto incertezas pairam sobre o comportamento climático no Centro-Oeste.
Diante desse panorama, o seguro agrícola surge como uma ferramenta crucial para a gestão de riscos. Diego Caputo, destaca a importância da contratação antecipada, considerando a capacidade limitada do mercado segurador brasileiro para ofertar apólices.
Caputo ressalta que, enquanto os desafios persistem até 2025, uma gestão mais eficiente no campo, aliada ao uso de ferramentas como o seguro agrícola, pode ajudar os produtores a enfrentar os problemas com resiliência e manter as contas no azul.