cotações de Comodities

Cotação do dollar

APICULTURA

Meliponicultura Urbana: Colmeias sem ferrão fortalecem comunidades indígenas em São Bernardo do Campo e preservam o meio ambiente

Projeto Colmeias Urbanas da Ecolmeia transforma vidas nas aldeias indígenas de São Bernardo do Campo, promovendo sustentabilidade e geração de renda.
Elaine Santos da Ecolmeia e Ivani Reimi da Apinan conversam com o pajé da Aldeia Brilho do Sol durante a entrega das colmeias do projeto Colmeias Urbanas. Foto: Pop Cardoso.

A meliponicultura, prática de criação de abelhas sem ferrão, é uma alternativa poderosa à apicultura tradicional, trazendo benefícios não apenas ambientais, mas também sociais e econômicos. O projeto Colmeias Urbanas, criado pela organização socioambiental Ecolmeia em São Bernardo do Campo (SP), se destaca por apoiar comunidades locais e preservar a biodiversidade. Uma das iniciativas selecionadas pelo Edital Conectar para Transformar de 2024, da BASF, o projeto beneficiou três aldeias indígenas na região da represa Billings, oferecendo colmeias, educação ambiental e oportunidades de geração de renda.

O cacique José, da Aldeia Brilho do Sol, recebeu com entusiasmo as duas colmeias entregues pelos representantes da Ecolmeia e da Associação Protetora: Indígenas, Natureza, Animais e Necessitados (Apinan). “Essas colmeias vão ajudar nossa comunidade a proteger a natureza e também a encontrar novas formas de sustento”, afirmou. Além das colmeias, foram doadas roupas, cobertores, ração e vitaminas para os animais da aldeia, ressaltando o apoio integral às comunidades indígenas da região.

Na Reserva Guyrapaju, o cacique Elson também celebrou a chegada das colmeias, destacando a importância da iniciativa para a preservação ambiental. “A meliponicultura é mais do que uma nova fonte de renda, é um ato de cuidar da Terra”, comentou. A diversidade da aldeia, que abriga uma população variada, incluindo imigrantes argentinos, reforça o impacto social do projeto.

A Aldeia Krututu, conhecida por sua robusta infraestrutura, foi outra beneficiada com o projeto. A esposa do cacique recebeu as colmeias em nome da comunidade, que conta com uma Unidade Básica de Saúde, um Centro de Educação e Cultura Indígena e uma Escola Estadual Indígena. “Ver o impacto positivo nas comunidades nos motiva a continuar investindo em ações que mudam vidas”, destacou Ivânia Palmeira, consultora de sustentabilidade da BASF, reforçando o compromisso da empresa com a inclusão social e ambiental.

O projeto, que tem duração de sete meses, vai além da entrega das colmeias. Oferece oficinas de meliponicultura e formação em educação ambiental para moradores da cidade e das aldeias, abordando temas como a importância das abelhas sem ferrão para o equilíbrio ecológico. As oficinas incluem a preparação de bombons nutritivos de pólen para reforço alimentar das abelhas durante o inverno e ensinamentos sobre como montar iscas para capturar abelhas sem ferrão. “Essas atividades não apenas ensinam práticas sustentáveis, mas também capacitam os participantes com habilidades que podem gerar renda”, afirmou Elaine Santos, diretora presidente da Ecolmeia.

Em 2023, as ações de engajamento social da BASF na América do Sul beneficiaram mais de 700 mil pessoas, com mais de 200 iniciativas. O programa de voluntariado da empresa conta com cerca de mil colaboradores, que se unem para transformar vidas e proteger o meio ambiente, evidenciando o papel crucial das parcerias na construção de um futuro mais sustentável e inclusivo.

Esse esforço conjunto entre a Ecolmeia, BASF e as comunidades indígenas reflete o poder de projetos que unem sustentabilidade, educação e impacto social, mostrando como a meliponicultura pode ser uma ferramenta valiosa para a preservação da biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico das populações tradicionais.

Deixe um comentário

ARTIGOS RELACIONADOS