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PRODUÇÃO DE MILHO

Mais milho, menos nitrogênio: Inoculação biológica na agricultura

Microrganismos benéficos elevam a produtividade e reduzem custos na produção de milho
A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) para milho pode suprir até 25% das necessidades de nitrogênio de uma planta de milho. Foto: Pixabay

Com a demanda crescente por milho, seja para consumo humano, produção de proteína animal ou até mesmo a fabricação de etanol, os agricultores estão apostando alto nessa cultura. De acordo com a Conab, a área destinada ao cultivo de milho para esta safra de inverno cresceu 1,8% em relação a 2022, totalizando impressionantes 21,7 milhões de hectares. À medida que as plantações se expandem, surge a necessidade de adotar práticas mais sustentáveis, e uma dessas inovações está ganhando destaque: a inoculação biológica com microrganismos benéficos, uma técnica que já revolucionou a produção de soja e agora está se espalhando pelos campos de milho.

Aqui, apresentamos a bactéria benéfica Azospirillum brasilense, que não apenas aumenta a produtividade, mas também economiza dinheiro para os agricultores. Estudos realizados pela Embrapa Soja indicam uma redução de até 25% no uso de nitrogênio (N) sintético na cobertura quando inoculantes biológicos contendo esses microrganismos são aplicados. “Os insumos biológicos podem ser um grande aliado dos produtores de milho, reduzindo custos e aumentando a produtividade em até 10%”, explica Fernando Bonafé Sei, gerente de serviços técnicos da divisão agrícola de indústria de soluções biológicas.

Com base nesse conceito, a indústria de soluções biológicas, líder global em soluções biológicas, está levando essa tecnologia a regiões de norte a sul do Brasil. A Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) para milho pode suprir até 25% das necessidades de nitrogênio de uma planta de milho. “Embora o impacto financeiro ainda não seja enorme, acreditamos que a pesquisa pode nos ajudar a aumentar essa porcentagem e substituir cada vez mais os insumos sintéticos pelos biológicos”, destaca Fernando.

Além dos benefícios na produção e nos custos, a introdução de microrganismos benéficos nas lavouras de milho também reduz a pegada de carbono, uma das principais preocupações do mercado internacional. De acordo com um estudo da Embrapa Soja em áreas de cultivo de milho, uma redução de 25% no uso de nitrogênio implica uma diminuição de 236 kg/ha de equivalentes de CO2 (considerando a taxa de conversão de 1 kg de N = 10,5 kg de equivalentes de CO2). Em termos econômicos, com base no preço médio da ureia no mercado brasileiro em julho de 2022, essa economia é calculada em cerca de R$ 260 por hectare.

“A adoção de insumos biológicos em diferentes setores da agricultura brasileira veio para ficar, e estamos nos preparando com tecnologias de ponta para atender a essa demanda”, enfatiza Fernando e acrescenta que a qualidade dos materiais é fundamental para obter bons resultados no processo de fixação biológica para o milho.

Portanto, tanto o fabricante de fertilizantes biológicos quanto o produtor precisam ter cuidado, especialmente em relação ao manejo desses microrganismos. Manter o produto em um local arejado e seco, evitando a exposição direta à luz solar, são algumas das recomendações para que os agricultores aproveitem ao máximo o potencial do Azospirillum brasilense. Com essa tecnologia inovadora, a agricultura do milho está se tornando mais eficiente, sustentável e econômica, garantindo uma colheita mais farta e um futuro mais verde.

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