A 12ª edição da Goiás Genética, promovida pela Associação Goiana dos Criadores de Zebu (AGCZ), ocorre entre os dias 5 e 9 de agosto e promete ser um marco na indústria de genética bovina. O evento, que prevê um faturamento de R$ 8 milhões, visa apresentar inovações na engenharia genética, melhorando a qualidade da carne e a produção de leite, além de otimizar práticas de manejo e ampliar a aceitação do mercado consumidor.
Luciano Bonfim, presidente da AGCZ, ressalta a importância do evento: “Nosso encontro na Goiás Genética é sobre conhecimento técnico, científico e comercial, além daquela troca de experiências.” A feira não apenas celebra os avanços no melhoramento genético, mas também promove a interação entre especialistas, criadores e empresas do setor.
Destaques da Goiás Genética 2024:
- Exposição Nacional do Tabapuã: Animais de destaque como a matriz Tabapuã, Grazia CCC, avaliada em R$ 2,16 milhões, e o clone Alice da raça Guzerá, 5 vezes campeã nacional, serão exibidos.
- Feira de Negócios: Empresas de melhoramento genético e agronegócio apresentarão suas soluções inovadoras.
- Palestras Gratuitas: Temas incluem doenças, vacinação, falhas de manejo, mercado do leite, pastagem, nutrição, cooperativismo, seleção genética, crédito rural e o futuro do agronegócio.
- Exposição de 500 Animais: Raças como Tabapuã, Guzerá, Nelore, Sindi e Nelore Pintado, todos avaliados geneticamente.
- Leilões de Animais: Quatro leilões das raças Tabapuã, Nelore Pintado e Sindi, com previsão de R$ 4 milhões em apuração.
Genética na Indústria da Carne:
A indústria da carne brasileira é uma das maiores do mundo, com o segundo maior rebanho pecuário, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (MAPA). A idade de abate reduziu de 45 meses na década de 70 para 24 meses, graças à aplicação de alta genética, proporcionando carne de maior qualidade e cortes precisos. O Centro-Oeste destaca-se com mais de 30% da produção bovina do país, com 80% das raças originárias de zebus.
Genética na Indústria do Leite:
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, com mais de 34 bilhões de litros anuais, segundo o MAPA. A melhoria genética do rebanho leiteiro, especialmente com cruzamentos zebuínos, reduz custos, aprimora instalações e manejo, e aumenta a produção. O leite A2A2, produzido para pessoas alérgicas às beta-caseínas, é um destaque do setor. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), 350 mil pessoas no Brasil se beneficiam desse tipo de leite. A Goiás Genética abordará este tema com uma palestra no dia 6 de agosto.
A Goiás Genética 2024 não apenas celebra os avanços na engenharia genética, mas também proporciona um espaço para a troca de conhecimento e experiências, reforçando o papel da genética no desenvolvimento sustentável e eficiente da pecuária brasileira.
O evento é presencial e acontecerá no Parque Agropecuário de Goiânia, Goiânia – GO, dos dias 05 a 09 de agosto. E os animais já começaram a chegar no parque de exposição.
