O mercado brasileiro de forrageiras tem vivenciado uma transformação significativa nos últimos anos, impulsionado pela demanda crescente por alimentos de alta qualidade para a pecuária. De acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), esse segmento movimenta cerca de R$ 1,2 bilhão anualmente, com uma taxa de crescimento de 5% ao ano. Esse aumento está diretamente ligado à necessidade de elevar a produtividade da agropecuária para atender à demanda global por carne e leite. Estima-se que até 2030, o Brasil precisará aumentar sua produção de carne bovina em 40% para atender ao mercado interno e internacional.
Com a previsão de que a população mundial atinja 9,7 bilhões de pessoas até 2050, segundo a ONU, a produção de alimentos para a pecuária terá de ser cada vez mais eficiente. Nesse cenário, a busca por forrageiras de alta performance tem sido uma peça-chave para elevar a produtividade. O desenvolvimento de híbridos capazes de oferecer rendimento superior, adaptabilidade climática e qualidade nutricional tem sido essencial para sustentar a expansão da produção.
Uma das inovações que mais tem chamado a atenção é o Híbrido de Milheto ADRF 6010 Valente, segundo a empresa de sementes que criou, o híbrido traz uma série de vantagens competitivas para os pecuaristas. Este híbrido se destaca por sua alta produção de massa, elevado teor de proteína e capacidade de resiliência frente às adversidades climáticas, como seca e ataque de pragas.
Forrageiras resilientes e produtivas
O Híbrido de Milheto, vem sendo utilizado por produtores para diversas finalidades, desde pastagem até a produção de silagem. De acordo com Luciane Kuhn, produtora rural de Santo Cristo (RS), a produtividade do pasto excede as expectativas: “Com a quantidade de pasto, colocamos os bezerros de manhã e, à noite, as vacas, pois os animais da propriedade não dão conta de consumir tudo”. A versatilidade do produto permite, inclusive, sua utilização para pré-secado, com uma produção de até 15 bolas de 600 kg por hectare por corte.
Outro ponto de destaque é a performance na produção de silagem. O produtor Nelson Daividy Belotto, de Anastácio (MS), utilizou o híbrido para silagem e alcançou uma produção de 30 a 50 toneladas de massa verde, o que garantiu uma alta rentabilidade. “O custo investido é amplamente compensado pela qualidade e quantidade de produção que conseguimos”, ressalta Belotto.
Resiliência em condições extremas
O milheto híbrido é derivado de uma espécie de milheto originária dos desertos da África, conhecida por sua resistência ao estresse hídrico. Produtores como Eduardo Manfio, de Dourados (MS), relataram que sua lavoura resistiu a condições extremas, incluindo seca severa, vendaval e ataques de pragas, sem comprometer o desenvolvimento do pasto.
A forrageira tem agregado valor ao produto, segundo a empresa produtora do híbrido, oferece reposição de sementes sem custo em casos de acidentes, como chuvas intensas, seca ou pragas, durante a fase de implantação da lavoura. Esse diferencial foi fundamental para o produtor Valdemar José Scaravelli, de Rondinha (RS), que utilizou o benefício após uma chuva intensa comprometer o plantio: “Com o PROTEGE Valente, replantamos sem custos adicionais e o pasto ainda produziu muito mais leite do que outros pastos do mercado”.
Outro produtor, Giovane Gatelli, de Augusto Pestana (RS), destacou como o milheto hibrido foi crucial após um excesso de chuvas. “O suporte foi essencial, permitindo-nos recuperar a lavoura sem impactar nosso ciclo de produção”, comentou Gatelli.
Perspectivas para o futuro
Com o crescente interesse em soluções inovadoras para a produção pecuária, os híbridos forrageiros como o ADRF 6010 Valente estão cada vez mais se posicionando como uma alternativa estratégica para os pecuaristas que buscam eficiência, resiliência e segurança. A inovação no setor de forrageiras é, sem dúvida, uma resposta às demandas crescentes da produção global de alimentos, e a tendência é que novos desenvolvimentos continuem a transformar o mercado.
Os desafios climáticos e a necessidade de aumentar a produtividade exigem que os produtores estejam sempre em busca de soluções que unam tecnologia, sustentabilidade e rentabilidade. As forrageiras híbridas, representam o futuro da pecuária, proporcionando não apenas alto desempenho, mas também a segurança necessária para enfrentar as adversidades do campo.
Essa abordagem detalhada sobre a performance e os benefícios das forrageiras híbridas demonstra como a inovação no campo é fundamental para atender às demandas da produção pecuária no Brasil, reforçando o papel crucial de tecnologias agrícolas avançadas para a sustentabilidade e competitividade do agronegócio.