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Exportações de carne de frango brasileiras alcançam segundo melhor desempenho da história em setembro

Com alta de 22,1% no volume embarcado e receita mensal de US$ 953,8 milhões, o Brasil consolida sua posição no mercado internacional de carne de frango, impulsionado por mercados como Emirados Árabes, Japão e África do Sul.
Esse volume representa um aumento expressivo de 22,1% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o país exportou 397,1 mil toneladas. Foto: Divulgação.

As exportações brasileiras de carne de frango, englobando produtos in natura e processados, atingiram 485 mil toneladas em setembro de 2024, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Esse volume representa um aumento expressivo de 22,1% em relação ao mesmo mês de 2023, quando o país exportou 397,1 mil toneladas. Este é o segundo maior resultado mensal já registrado na história do setor, ficando atrás apenas de março de 2023, que lidera a série histórica com 514,6 mil toneladas exportadas.

Em termos de receita, setembro também foi um mês notável, alcançando US$ 953,8 milhões, um aumento de 32,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram registrados US$ 719,3 milhões. A maior receita mensal da história também foi em março de 2023, com US$ 980,5 milhões. O aumento nos preços médios das exportações contribuiu significativamente para o desempenho financeiro positivo do setor.

De janeiro a setembro de 2024, as exportações brasileiras de carne de frango somam 3,917 milhões de toneladas, representando uma leve alta de 0,6% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram exportadas 3,892 milhões de toneladas. Contudo, a receita acumulada nesse mesmo intervalo foi de US$ 7,273 bilhões, 4% menor que o valor registrado no ano anterior, de US$ 7,578 bilhões.

Para Ricardo Santin, presidente da ABPA, o resultado de setembro foi crucial para reverter o desempenho tímido acumulado ao longo do ano. “A forte alta registrada em setembro reverteu o desempenho registrado ao longo do ano, que agora é positivo e sinaliza seguir assim até dezembro. Com a elevação dos preços médios das exportações, também tivemos uma elevação nas receitas de setembro em patamares significativamente maiores que os registrados em volumes”, explica Santin.

A China, tradicional maior importador da carne de frango brasileira, adquiriu 55,1 mil toneladas em setembro, volume 3,4% inferior ao registrado no mesmo mês de 2023. No entanto, outros mercados mostraram crescimento expressivo, como os Emirados Árabes Unidos, que importaram 41,4 mil toneladas, uma alta de 17,6%, e o Japão, com 36,5 mil toneladas, uma impressionante elevação de 48,6%.

Outros destinos importantes incluem a Arábia Saudita, que importou 29,9 mil toneladas (+5,9%), África do Sul com 28,4 mil toneladas (+38,2%), e o México, que registrou um salto significativo de 57%, importando 23,8 mil toneladas. A União Europeia e Gana também surpreenderam, com aumentos de 58% e 198,4%, respectivamente. O Kuwait, que completa o top 10, importou 13,1 mil toneladas, uma alta de 66,2%. Embora as Filipinas tenham registrado uma queda de 4,3%, com 15,9 mil toneladas, o cenário geral é de crescimento contínuo em mercados diversificados.

Desempenho por estado
O Paraná se mantém como o maior exportador de carne de frango do Brasil, embarcando 195,6 mil toneladas em setembro, um crescimento de 20% em comparação com o mesmo período de 2023. Santa Catarina seguiu com 105,6 mil toneladas (+23,1%), enquanto o Rio Grande do Sul exportou 63,2 mil toneladas (+12,4%). São Paulo e Goiás também contribuíram, com aumentos de 30,5% e 3,4%, respectivamente.

Para Santin, a diversificação dos mercados, com destaque para o Japão e as nações islâmicas, trouxe impacto direto ao aumento das receitas. “Oito dos 10 principais importadores de carne de frango do Brasil registraram fortes altas em suas importações. Mesmo entre aqueles com desempenho inferior, como a China, o volume manteve-se acima das 50 mil toneladas. A alta nas importações de mercados de alto valor agregado, como o Japão, impulsionou as receitas em setembro. O movimento também é positivo nas nações islâmicas, e assim deve seguir nos próximos meses”, complementa o presidente da ABPA.

Com esses resultados, o Brasil reafirma sua liderança no mercado global de carne de frango, ampliando sua presença em mercados estratégicos e consolidando sua relevância no agronegócio mundial.

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