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AVICULTURA

Estratégias para minimizar o impacto do calor na avicultura

Especialista destaca medidas de manejo para reduzir perdas de desempenho e mortalidade em granjas de aves durante ondas de calor
O bem estar das aves, reflete na maior produtividade e rentabilidade do criador. Foto: Freepik

O aumento das temperaturas e as ondas de calor têm sido um desafio significativo para a avicultura. Durante ondas de calor, as aves criadas em granjas enfrentam desafios significativos, pois são mais sensíveis às altas temperaturas. O estresse térmico pode levar a perdas de desempenho, redução na produção de ovos e até mesmo aumentar a taxa de mortalidade nas granjas avícolas.

Diante de situações como essas é importante fazer o manejo estratégico como solução para reduzir o impacto do calor extremo no desempenho das aves.

José Luís Januário, especialista em ambiência de empresa de genética de aves, ressalta que investir em medidas simples pode auxiliar na minimização dos efeitos do calor, sem necessidade de altos custos. Ferramentas como ventiladores, nebulizadores, áreas sombreadas e sistemas de fornecimento de água mais fresca para as aves são essenciais.

Estratégias de manejo são essenciais para garantir o bem-estar das aves, minimizar as perdas de desempenho e reduzir a mortalidade em granjas Foto: Freepik

Para lidar com esses problemas, especialistas em avicultura recomendam uma série de medidas de manejo que visam reduzir os impactos do calor extremo sobre as aves. Algumas dessas medidas incluem:

  1. Ventilação adequada: As instalações das granjas devem proporcionar boa ventilação para permitir a circulação do ar. Ventiladores e nebulizadores são ferramentas úteis para garantir um ambiente mais fresco para as aves.
  2. Sombreamento e proteção solar: Estruturas que ofereçam sombra, como árvores ou telas “sombrites”, ajudam a reduzir a exposição direta ao sol, minimizando a absorção de calor.
  3. Manutenção de temperatura da água: Durante dias quentes, a água disponível para as aves deve ser mantida em temperaturas mais baixas, entre 18 e 24 graus Celsius. Isso pode ser alcançado por meio de sistemas de refrigeração ou técnicas de esvaziamento e reposição frequente da água, conhecidas como “flusing”.
  4. Planejamento da orientação das instalações: A disposição dos galpões das granjas, preferencialmente na orientação leste-oeste, pode minimizar a exposição ao sol e proporcionar melhor ventilação.
  5. Uso de tecnologias modernas: Investir em tecnologias avançadas de climatização, como painéis evaporativos e exaustores, pode ser mais eficaz para controlar a temperatura do ambiente.
  6. Monitoramento e alerta precoce: Observar o comportamento das aves, como aglomeração, abertura de asas e respiração ofegante, pode ser um indicativo de que elas estão sofrendo estresse térmico. Esses sinais devem alertar os produtores para implementar medidas corretivas rapidamente.
O aumento da frequência e intensidade das ondas de calor, as aves sofrem com o estresse térmico, afetando seu equilíbrio metabólico e levando a perdas de desempenho e até mortes em condições extremas. Foto: Freepik

Essas estratégias de manejo são essenciais para garantir o bem-estar das aves, minimizar as perdas de desempenho e reduzir a mortalidade em granjas durante períodos de calor intenso, contribuindo assim para a sustentabilidade e eficiência da produção avícola.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o Brasil tem enfrentado repetidas ondas de calor intenso, resultando em impactos adversos na produção avícola, inclusive casos de mortalidade avícola em situações extremas.

Com o aumento da frequência e intensidade das ondas de calor, as aves sofrem com o estresse térmico, afetando seu equilíbrio metabólico e levando a perdas de desempenho e até mortes em condições extremas. Diante disso, estratégias de manejo têm ganhado relevância para reduzir perdas durante períodos mais quentes.

Januário, enfatiza a importância da ventilação adequada nos galpões, destacando a necessidade de um bom sistema de circulação de ar. Além disso, ressalta a importância do posicionamento correto dos equipamentos, como ventiladores e nebulizadores, para garantir a eficiência no resfriamento das aves.

Outras medidas também são mencionadas, como sombreamento das áreas de criação, utilização de cortinas e materiais isolantes para reduzir a exposição direta ao sol, e o manejo correto da água de bebida, com a oferta de água fresca e estratégias de resfriamento.

Identificar os sinais iniciais de estresse térmico nas aves é crucial para agir preventivamente. A observação de comportamentos como o afastamento das aves, abertura das asas e respiração ofegante são indícios de que as aves estão sofrendo com o calor excessivo.

Embora as estratégias iniciais possam oferecer alívio imediato, Januário ressalta que investimentos em tecnologias avançadas de climatização podem ser mais eficazes a longo prazo. Equipamentos modernos, como exaustores e painéis evaporativos, garantem um ambiente mais controlado e são considerados uma opção viável para enfrentar os desafios do calor extremo na avicultura.

Diante das projeções de aumento de dias quentes, Januário enfatiza a importância de adaptação e aprimoramento contínuo das práticas avícolas para garantir a sustentabilidade, o bem-estar animal e a eficiência produtiva no setor.

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