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PREÇO DOS ALIMENTOS EM ALTA

Em 2023 o preço do tomate e outros itens essenciais dispararam e preocupam consumidores

Elevação de 40,5% no preço do tomate e alta de alimentos como feijão, carne bovina e azeite impactam a dinâmica alimentar no Brasil e acende alerta para os consumidores e demanda estratégias para enfrentar os desafios do mercado
Este aumento vertiginoso foi impulsionado pelo calor intenso, resultando em produções menores e preços mais elevados. Foto: Pixabay

A escalada nos preços de alimentos essenciais, como o tomate, está despertando apreensões entre os consumidores brasileiros. Segundo a revista Hortifruti Brasil, o tomate, um dos vegetais mais presentes nas mesas nacionais, teve uma alta de preço alarmante, chegando a uma elevação de 40,5% nos últimos 12 meses.

Este aumento vertiginoso foi impulsionado pelo calor intenso, resultando em produções menores e preços mais elevados. A esperança reside no outono e inverno do próximo ano, que prometem amenizar os valores e permitir preços mais acessíveis, trazendo alívio ao bolso do consumidor.

O mercado brasileiro tem uma média de consumo de 4,2 kg de tomate por pessoa por ano, e nas últimas duas décadas, a produção se manteve relativamente estável, mas houve uma redução da área plantada, indicando um aumento de produtividade ao longo dos anos.

Em 2023, o Brasil foi o 10º maior produtor, gerando quase 4 milhões de toneladas do produto, sendo a maioria destinada ao mercado interno. No entanto, a produtividade do cultivo no Brasil é menor em comparação com outras potências agrícolas, com uma média de 15 kg/m² em um ciclo de 5 a 7 meses, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, a produtividade média é de 65 kg/m², e as plantas podem produzir por até 10 a 12 meses.

No entanto, a preocupação se estende a outros produtos alimentares fundamentais. O feijão, por exemplo, um componente central na dieta dos brasileiros, também segue a tendência de aumento de preços. Em novembro, o preço da saca do feijão carioca tipo 1 subiu incríveis 33,65% em um único dia, um reflexo direto da diminuição da área plantada.

Além desses itens, produtos como a batata-inglesa, a cebola e o azeite de oliva também apresentam aumentos expressivos. A cebola, por exemplo, teve um acréscimo de 8,46% (depois de acumular mais de 130% no ano anterior), enquanto o azeite de oliva registrou uma elevação de mais de 25% em sua precificação ao longo de 2023.

Essa crescente nos preços essenciais alimenta a preocupação sobre o poder de compra dos brasileiros, especialmente aqueles que dependem de auxílio alimentação e refeição. Matheus Rangel, especialista de mercado, ressalta a importância de novas abordagens no ambiente corporativo para lidar com essa volatilidade nos custos dos alimentos.

“Devemos pensar além do simples aumento do valor dos benefícios. A personalização e a flexibilidade são essenciais para atender às necessidades individuais dos colaboradores. Essa abordagem proporciona um alinhamento de interesses mais claro e promove uma melhor qualidade de vida”, enfatiza Rangel.

Os indicadores econômicos também corroboram essa tendência. O IPCA-15, que antecipa a inflação oficial do país, revelou um aumento de 0,33% em novembro, acelerando em relação ao mês anterior. Apesar disso, em comparação com novembro de 2022, houve uma queda, registrando um índice de 0,53%. Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 4,84%, enquanto em 2023 atingiu 4,30%.

Esse cenário instável impulsiona a reflexão sobre as estratégias de gestão de benefícios e reforça a necessidade de adaptação diante dos desafios econômicos que afetam diretamente o cotidiano dos brasileiros.

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