O cultivo do algodão no Brasil celebra recordes impressionantes em termos de produtividade, mas há um vilão que se destaca entre os desafios: a Ramulária (Ramulariopsis pseudoglycines). Essa doença tornou-se um ponto crítico nos últimos anos, ameaçando a produtividade e exigindo atenção especial dos produtores para manter os níveis de colheita alcançados nas últimas safras.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), a safra 22/23 atingiu números surpreendentes, com 3,2 milhões de toneladas, representando um crescimento de 27% em relação à safra anterior. No entanto, a Ramulária, considerada a doença mais severa nessa cultura, preocupa os produtores, pois pode causar perdas drásticas de até 75% na produtividade.
Segundo Paulo Queiroz, engenheiro agrônomo, a Ramulária impõe sérios desafios aos agricultores, afetando a capacidade fotossintética das plantas, prejudicando o florescimento, a qualidade da fibra e ocasionando o desfolhamento precoce. “Os sintomas iniciais são lesões anguladas nas folhas mais velhas, evoluindo para manchas brancas de aspecto pulverulento. Se não controlada, a doença pode progredir rapidamente, especialmente em condições de alta umidade”, destaca Paulo.
Para mitigar os impactos da Ramulária, os agricultores enfrentam dificuldades na gestão, atualmente realizando em média oito aplicações de fungicidas. Estratégias como a utilização de carboxamidas e a rotação de produtos têm sido empregadas para reduzir a pressão de seleção sobre os patógenos e evitar a resistência aos fungicidas.
Além do controle químico, boas práticas de manejo são essenciais. Desde a escolha correta da época de plantio até a adoção de cultivares resistentes, bom preparo de solo e manejo de plantas daninhas, todas essas medidas contribuem para garantir a saúde da lavoura e a rentabilidade do produtor.
Nesse contexto desafiador, o engenheiro agrônomo da a dica para o controle da Ramulária, o uso de fungicidas com formulação à base de fluindapir e difenoconazole, o fungicida oferece alta performance e seletividade superior, protegendo a produtividade do algodoeiro e assegurando a qualidade da fibra.
” Essa é uma ferramenta estratégica para o cotonicultor, proporcionando proteção eficaz contra a Ramulária, além de contribuir para a redução da pressão de seleção dos patógenos”, enfatiza Paulo.
Diante desse cenário desafiador, a indústria agropecuária continua a investir em soluções inovadoras e práticas de manejo para assegurar a sustentabilidade e a produtividade do setor. O controle efetivo da Ramulária torna-se não apenas uma necessidade, mas uma garantia para a estabilidade e o sucesso do cultivo de algodão no Brasil.