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AGRICULTURA

Combate à Cigarrinha-do-Milho: Estratégias integradas são a chave do sucesso

Especialistas Reforçam Importância de Práticas de Manejo para Reduzir Perdas
Foto: Pixabay

Quando se trata do ataque da cigarrinha-do-milho, os especialistas são unânimes: não existe uma solução única para combater essa praga que afeta diferentes regiões onde o milho é cultivado no Brasil. A cigarrinha-do-milho pode reduzir a produtividade em até 70% se não for controlada adequadamente, o que torna essencial a adoção de um manejo integrado para enfrentar esse desafio e evitar perdas significativas.

De acordo com Germison Tomquelski, pesquisador, a expectativa para a safra atual é de uma redução na ocorrência da cigarrinha em grande parte do país. A safra anterior serviu como um alerta para os produtores, incentivando-os a monitorar mais de perto cada estágio do cultivo. Além das condições climáticas mais favoráveis para o manejo do milho e menos propícias para a cigarrinha, os produtores adotaram práticas mais abrangentes e diversificadas de manejo integrado. Isso incluiu estratégias como remover plantas tigueras de milho e reduzir áreas de cultivo em determinadas regiões. A crescente adoção de abordagens biológicas também desempenhou um papel importante no controle da praga.

No entanto, Tomquelski alerta que, apesar da possível redução na incidência da cigarrinha, os produtores não podem baixar a guarda. Investir em prevenção é fundamental para garantir a produtividade e enfrentar os desafios de um mercado com preços em queda e custos de produção em alta.

Dentro do contexto do manejo integrado de pragas (MIP), a utilização do controle biológico em conjunto com defensivos químicos tem ganhado destaque. O uso de produtos à base de fungos entomopatogênicos, tem mostrado resultados positivos, oferecendo alta eficácia no campo e contribuindo para o controle de outras pragas, como o pulgão.

Cibele Medeiros, gerente de desenvolvimento de mercado, destaca que, além de seu alto desempenho no controle da cigarrinha, o produto também possui benefícios adicionais para as plantas. Seu modo de ação, que coloniza o inseto até a morte, oferece um controle prolongado no campo e pode ser integrado às aplicações químicas, sem causar resistência de pragas.

Além do controle biológico, outras práticas também são recomendadas para combater a cigarrinha-do-milho, como o tratamento de sementes, colheita adequada, manejo equilibrado da cultura e atenção constante às tigueras. Em conjunto, essas abordagens integradas podem ajudar os produtores a enfrentar os desafios impostos por essa praga e garantir uma produção mais saudável e sustentável.

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