A pitaya está conquistando cada vez mais espaço nos pomares e nos paladares dos brasileiros, e agora ganha um impulso ainda maior com o desenvolvimento de cinco novas cultivares geneticamente superiores. A Embrapa Cerrados, localizada no Distrito Federal, foi responsável por essa revolução que promete mudar a produção desse fruto tão apreciado.
As cultivares, batizadas de BRS Lua do Cerrado, BRS Luz do Cerrado, BRS Granada do Cerrado, BRS Minipitaya do Cerrado e BRS Âmbar do Cerrado, são as primeiras do tipo a serem registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), um marco importante na história da pitaya no Brasil.
Além de trazer uniformidade e organização para a produção, essas novas variedades apresentam uma série de vantagens. Uma delas é a resistência a doenças, o que permite seu cultivo sem a necessidade de aplicação de produtos químicos. Isso não apenas torna as cultivares aptas para o cultivo orgânico, mas também reduz o impacto ambiental e financeiro na produção.
Outro ponto positivo é a qualidade dos frutos. As pitayas desenvolvidas são conhecidas por serem doces e terem polpa firme, proporcionando uma experiência deliciosa aos consumidores. Além disso, as plantas são de manejo simples, o que facilita a vida dos produtores, e apresentam boa produtividade e baixo custo de produção, garantindo eficiência e rentabilidade.
A grande novidade será apresentada oficialmente na quarta-feira (24) durante a AgroBrasília, evento que reúne especialistas e entusiastas do agronegócio. Com o lançamento dessas novas cultivares, a pitaya ganha ainda mais destaque e promete conquistar um lugar de destaque no mercado frutífero brasileiro.
Se você é fã dessa fruta exótica e está pensando em cultivá-la, fique de olho nessas novidades. As pitayas geneticamente superiores estão prontas para revolucionar a produção, trazendo mais sabor, resistência e facilidade para todos os envolvidos nessa jornada.
Origem da pesquisa
A pesquisa foi iniciada nos anos 90, por pesquisadores da Embrapa Cerrado, tudo começou com a seleção das espécies mais promissoras e cruzamentos entre diferentes tipos de pitayas. Foi montado um banco de germoplasma com 400 genótipos, que incluíam materiais coletados no Cerrado e doações de colecionadores de cactáceas.
Esse banco de germoplasma reunia diversas espécies de pitayas e centenas de clones de plantas matrizes. O objetivo principal da pesquisa era escolher as espécies com maior potencial comercial e, dentro delas, selecionar as plantas mais produtivas, resistentes a doenças, com frutos de melhor qualidade física e química. Eles também buscaram plantas autocompatíveis e autoférteis, que produzem frutos sem a necessidade de polinização manual.
O pesquisador pioneiro nessas pesquisas no Brasil, Nilton Junqueira, explica que graças a esse trabalho dedicado, agora temos no mercado novas variedades de pitayas. Essas frutas são ainda mais saborosas e atendem às exigências dos consumidores em termos de qualidade.
Esse avanço é fantástico tanto para os agricultores quanto para os apaixonados por pitayas. Foram anos de estudo e investimento para chegar a esse resultado, trazendo benefícios diretos para todos nós. Em breve, essas novas variedades estarão disponíveis para que possamos saborear pitayas deliciosas e cheias de nutrientes.