Uma notícia quentinha sobre o café brasileiro acaba de ser divulgada, e você vai querer uma xícara para celebrar! O Brasil está no caminho certo para colher uma safra de café de 54,36 milhões de sacas em 2023, marcando um impressionante aumento de 6,8% em relação ao ano passado. E o que é ainda mais surpreendente? Este é um recorde para anos de bienalidade negativa e a terceira maior safra de café já registrada no país, perdendo apenas para os anos de 2018 e 2020, ambos com bienalidade positiva. Os dados foram revelados no 3º levantamento da cultura pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com mais de 95% da colheita já concluída no final de agosto, o café brasileiro está mais forte do que nunca. O destaque deste ano é a recuperação da produção de café arábica. Segundo a Conab, a colheita deste tipo de café deve atingir 38,16 milhões de sacas. Esse aumento é resultado de um crescimento de 2,4% na área de produção, juntamente com um ganho estimado de 13,9% na produtividade, graças às condições climáticas mais favoráveis em comparação com as últimas duas safras.
Fabiano Vasconcellos, gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, enfatiza o desempenho excepcional de Minas Gerais, o principal estado produtor de café do Brasil: “Destaque para o desempenho de Minas Gerais, principal estado cafeicultor do país, que mesmo com os efeitos da bienalidade negativa sobre muitas das regiões produtoras apresenta um crescimento de 29,5% na produção.”
Por outro lado, as lavouras de conilon enfrentam um cenário oposto, com uma queda esperada de 11% na colheita em comparação com o excelente resultado de 2022. Isso resulta em uma estimativa de 16,2 milhões de sacas colhidas este ano. As condições climáticas adversas, especialmente no Espírito Santo, o principal estado produtor de conilon, impactaram negativamente a produtividade.
O documento da Conab também destaca que a área total dedicada à cafeicultura no Brasil em 2023, incluindo arábica e conilon, totaliza 2,24 milhões de hectares, com 1,88 milhão de hectares em produção e um aumento de 1,9% em relação ao ano anterior. No entanto, a área em formação diminuiu em 9,3%.
No mercado de exportação, o Brasil enfrentou um desempenho desafiador nos primeiros meses de 2023 devido à restrição de estoques após safras limitadas em 2021 e 2022. No entanto, o cenário está mudando. Em agosto, o Brasil exportou cerca de 3,69 milhões de sacas de café, registrando um aumento notável de 37,6% em relação ao mês anterior e 38,5% em comparação com agosto de 2022. A perspectiva é de que as exportações permaneçam aquecidas nos próximos meses, impulsionadas pela ampliação da oferta interna em 2023.