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EXPORTAÇÃO DE FRANGO E CARNE SUÍNA

Brasil avança no mercado global e tem perspectivas de recordes históricos para 2025 em produção de carne suína e de frango

Com expectativas de 5,45 milhões de toneladas de carne suína e 15,51 milhões de toneladas de carne de frango, a produção brasileira desponta no cenário global, impulsionada por demanda internacional, queda nos custos de grãos e vantagens competitivas.
No que diz respeito à carne de frango, a Conab projeta um aumento nas exportações de 1,9%, atingindo 5,2 milhões de toneladas exportadas. Foto: Divulgação.

A produção brasileira de carne suína e de frango está prestes a atingir novos patamares em 2025, de acordo com dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) durante o evento “Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025”. A expectativa é de que a produção de carne suína alcance 5,45 milhões de toneladas, enquanto a carne de frango deve atingir 15,51 milhões de toneladas, refletindo um cenário econômico e ambiental altamente favorável.

A demanda global por proteína animal, aliada ao controle dos custos de produção devido à queda nos preços de grãos, são fatores que impulsionam essas projeções. Esse crescimento não apenas posiciona o Brasil como um dos maiores produtores de carnes no mundo, mas também fortalece sua presença nos mercados internacionais, especialmente em países que enfrentam desafios locais de produção.

No que diz respeito à carne de frango, a Conab projeta um aumento nas exportações de 1,9%, atingindo 5,2 milhões de toneladas exportadas. O Brasil, que continua livre da Influenza Aviária em granjas comerciais, mantém uma posição de destaque e vantagem competitiva, conforme aponta Gabriel Rabello, gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab. Esse fator é decisivo para a expansão das exportações e consolida o país como fornecedor confiável de proteína animal para o mundo.

No mercado interno, as projeções para a carne de frango também são promissoras, com um aumento de 2,3% em relação a 2024, atingindo um volume estimado de 10,32 milhões de toneladas para o próximo ano. Essa expectativa de crescimento reflete a solidez da cadeia produtiva e o aumento da demanda doméstica por proteína de origem animal, com impactos diretos na economia local.

Carne suína: Diversificação de mercados
A suinocultura brasileira também apresenta resultados expressivos, tanto no mercado interno quanto no externo. A produção de carne suína deve crescer 1,1%, com uma oferta interna estimada em 4,2 milhões de toneladas, enquanto as exportações devem aumentar 3%, atingindo 1,27 milhão de toneladas em 2025. Um dos fatores mais importantes nessa dinâmica é a diversificação de mercados internacionais, que tem reduzido a dependência da China, anteriormente o maior comprador da carne suína brasileira.

Em 2020, a China representava mais de 50% das exportações brasileiras de carne suína. No entanto, essa participação caiu para menos de 20% entre janeiro e agosto de 2023. “A diversificação de mercados, com novos compradores como os Emirados Árabes Unidos, Rússia e Filipinas, trouxe mais estabilidade para a suinocultura brasileira, além de ampliar o alcance dos nossos produtos”, destaca Rabello. Outro mercado de destaque é o dos Estados Unidos, que, apesar de serem grandes produtores de carne, têm aumentado as importações em função da baixa oferta interna.

Carne bovina: Oportunidades e desafios
Enquanto a produção de carne de frango e suína mostra perspectivas de crescimento, a produção de carne bovina, por outro lado, deve enfrentar uma leve retração em 2025, com uma estimativa de 9,78 milhões de toneladas, comparado ao volume esperado para este ano. Essa queda é atribuída ao início de um novo ciclo pecuário, que inclui a retenção de fêmeas, resultando em menor disponibilidade de animais para abate. No entanto, mesmo com essa redução, as exportações de carne bovina tendem a crescer 2,5%, chegando a 3,66 milhões de toneladas, graças ao aquecimento da demanda global.

No cenário internacional, a China segue como o maior mercado para a carne bovina brasileira, mas sua participação caiu de 50% para 44% entre janeiro e agosto de 2023, refletindo a expansão para novos mercados. “Os aumentos robustos nas exportações para os Emirados Árabes, Rússia e Filipinas, além da crescente demanda dos Estados Unidos, têm contribuído para reduzir a dependência do mercado chinês”, ressalta Rabello.

Impacto para o setor agropecuário e econômico
Com as três principais proteínas animais – frango, suíno e bovino – projetando uma produção total de 30,75 milhões de toneladas em 2025, o Brasil mantém-se como um dos maiores fornecedores de alimentos do mundo. A competitividade do produto brasileiro, impulsionada pela qualidade e pelo câmbio favorável, reforça o papel estratégico do agronegócio no desenvolvimento econômico do país.

Além das projeções para a produção de carnes, o documento “Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025” também traz estimativas para outras culturas importantes, como arroz, feijão, milho, soja e algodão. Destaca ainda a importância do crédito rural para fomentar uma agricultura cada vez mais sustentável e integrada aos princípios de governança ambiental e social.

Com um cenário promissor para o setor de proteínas animais e um ambiente internacional favorável, o Brasil consolida sua posição como protagonista global na produção e exportação de carne. As projeções para 2025 não apenas destacam o crescimento da produção de carne suína e de frango, como também ressaltam a importância da diversificação de mercados e da sustentabilidade na pecuária nacional.

Para mais detalhes sobre o mercado de carnes e as projeções para o próximo ano, acesse a publicação completa no site da Conab e acompanhe as atualizações mais recentes do setor.

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