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Boletim da Conab aponta que clima impacta preços de frutas e hortaliças no atacado

Influência do inverno traz quedas nos preços de alface, cenoura, tomate, laranja, mamão e melancia
Foto: imagens de divulgação Pixabay

O clima frio do inverno trouxe impactos significativos nos preços de importantes frutas e hortaliças comercializadas nos principais mercados atacadistas do Brasil. O 7º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) nesta quinta-feira (20), revela que tanto a demanda quanto a oferta desses produtos foram influenciadas pelas baixas temperaturas. Como resultado, as cotações de frutas como alface, cenoura e tomate, bem como laranja, mamão e melancia, apresentaram quedas no último mês.

No caso da alface, mesmo com uma diminuição na quantidade de produto nos mercados analisados, a demanda registrou uma redução ainda mais intensa, típica desta época do ano com temperaturas mais baixas. Essa redução na demanda não permitiu que os preços da folhosa reagissem, resultando em uma baixa nas cotações. A Central de Abastecimento (Ceasa) de Goiânia foi o local que apresentou o maior percentual de queda nos preços da alface, com -26,7%. Já a cenoura e o tomate, apesar de terem a oferta controlada, tiveram seus valores de comercialização reduzidos devido à persistência do frio, que torna o desenvolvimento desses produtos mais demorado, podendo exercer pressão de alta nos preços durante o mês de julho.

As baixas temperaturas também afetaram a demanda por frutas como laranja, melancia e mamão, o que se refletiu em preços mais baixos em média. A Ceasa da capital de Goiás registrou a maior queda nos preços do mamão, com redução de 33,99%. Além de inibir a procura por esses produtos, o frio também repercutiu na oferta, seja no controle da quantidade de produto no mercado ou na qualidade.

Por outro lado, os preços médios para batata e maçã registraram aumento. A menor entrada de batatas nos mercados atacadistas foi o fator que explicou a alta nos preços desse tubérculo. Já para a maçã, a Conab observou um aumento mesmo com a diminuição da demanda nos principais centros consumidores, devido ao frio, às férias escolares e às festividades juninas do mês de junho, que impactaram as vendas no atacado. Mesmo com o mercado lento, os preços da maçã subiram devido ao controle de oferta exercido pelas companhias classificadoras através do uso de câmaras frias, que aumentam o período de conservação da fruta. Já a banana e a cebola registraram pequenas variações e se mantiveram dentro de uma estabilidade de preços na média ponderada.

O destaque do 7º Boletim foi para a Ceasa Minas Gerais, que sediou o 2º Encontro Nacional das Centrais de Abastecimento do Brasil de 2023. No evento, foram debatidas questões relacionadas ao abastecimento, segurança alimentar, combate ao desperdício de alimentos, políticas públicas para as Centrais de Abastecimento, entre outros temas relevantes. A CeasaMinas registrou um volume de 150.717 toneladas de produtos, totalizando mais de R$ 614 milhões de reais em vendas no mês de junho de 2023, o que representou 16% de toda a venda registrada pelo Prohort entre as Ceasas participantes.

Para mais informações sobre a comercialização das principais frutas e hortaliças, o 7º Boletim Hortigranjeiro está disponível no Portal da Conab. Os dados estatísticos foram coletados em onze Centrais de Abastecimento localizadas em diversas regiões do país.

Fonte: CONAB

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