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PRAGAS X CLIMA

Atraso no plantio de soja 2024/25 preocupa produtores e aumenta risco de pragas

Clima instável retarda a semeadura e ameaça produtividade com o avanço de percevejos e lagartas, causando prejuízos de até R$ 1.500 por hectare

O impacto do clima sobre o plantio da safra de soja 2024/25 é motivo de alerta para os produtores. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até 13 de outubro, apenas 9,1% da área prevista para a semeadura foi coberta, enquanto no mesmo período de 2023 esse número chegava a 19%. Esse atraso, impulsionado pelas condições climáticas adversas, também traz consigo outra preocupação: o aumento no aparecimento de pragas, que pode comprometer gravemente a produtividade das lavouras.

Uma pesquisa conduzida pela Kynetec em parceria com a FMC, empresa de ciências agrícolas, destacou os principais insetos que ameaçam as culturas de soja e milho. Dentre os mais temidos estão o percevejo-marrom (Euschistus heros), apontado por 84% dos agricultores como uma grande preocupação, seguido pelo percevejo barriga-verde (Diceraeus sp.) com 82%, e a lagarta Spodoptera, com 67%.

Fábio Lemos, gerente de culturas, ressalta a gravidade dessas pragas. “Os percevejos e as lagartas são polífagas, ou seja, se alimentam de diversas plantas e têm alta capacidade de adaptação, especialmente em temperaturas elevadas e períodos de seca. Estão presentes em várias culturas, incluindo plantas daninhas e de cobertura. Se não forem controlados adequadamente, os danos podem atingir até 50% da produção de soja, gerando perdas financeiras de aproximadamente R$ 1.500 por hectare”, explicou Lemos.

Além do clima, outro fator que favorece a proliferação dessas pragas é a expansão do cultivo de soja e milho safrinha, junto com o uso de variedades de diferentes ciclos, o que proporciona maior disponibilidade de alimento no campo por períodos mais longos. O percevejo, por exemplo, se alimenta diretamente das vagens da soja, sugando os grãos e prejudicando a formação das sementes. Isso não apenas reduz a produtividade, como também afeta a qualidade, vigor e pode até resultar no abortamento das sementes.

Fábio Lemos enfatiza que, devido à dificuldade de detectar os danos causados por essas pragas durante o crescimento das plantas, o monitoramento contínuo é essencial desde a implantação da lavoura. “Os produtores precisam estar atentos e adotar medidas de controle nos momentos adequados para minimizar o impacto dessas pragas”, reforça.

Em resposta à crescente ameaça, empresa de ciência agrícola desenvolveu inseticida, que, segundo a empresa, oferece um controle eficaz em uma única aplicação contra as principais pragas identificadas: percevejos e lagartas. “O produto possui um duplo modo de ação, amplo espectro de controle, efeito de choque e residual, além de menor lavagem pela chuva, o que otimiza sua aplicação”, detalhou Lemos. A pesquisa revelou que 94% dos agricultores acreditam que inseticidas multipragas serão cada vez mais essenciais para proteger suas lavouras.

“O uso de inseticida é uma solução sustentável e inovadora, desenvolvida com uma combinação de ingredientes que maximizam o desempenho contra insetos mastigadores e sugadores, sendo indicada para mais de 50 culturas”, destacou Lemos.

O constante desafio do agricultor em lidar com pragas e condições climáticas adversas demonstra a importância de ferramentas modernas e eficazes que garantam não apenas a proteção da lavoura, mas também sua sustentabilidade e rentabilidade.

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