A cafeicultura no Sudoeste de Minas Gerais é um importante pilar econômico, representando atualmente 10% da produção de café em todo o estado. Com quase 12 mil propriedades rurais e uma área plantada de 178.530 mil hectares, essa região composta por 21 municípios e com uma população de 480 mil habitantes colhe anualmente cerca de 2,6 milhões de sacas de 60 kg, de acordo com dados da Emater.
Com o objetivo de impulsionar a competitividade da atividade cafeeira, a Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas e o Sebrae Minas lançarão, no dia 30 de maio, às 19h30, em Guaxupé, a marca território da região. Essa iniciativa faz parte de uma estratégia para reposicionar o Sudoeste no mercado global do café, por meio da valorização da origem produtora.
Além do lançamento da marca, os produtores apresentarão à comunidade e ao mercado um planejamento para fortalecer a identidade regional, contribuir para o desenvolvimento sustentável da cafeicultura e viabilizar a inserção competitiva dos produtores no mercado global.
Segundo Marcelo de Souza e Silva, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, a nova marca expressa a identidade, os valores e as crenças dos produtores do Sudoeste de Minas, que se unem para oferecer um café diferenciado e único. Essa marca será um suporte para os planos estratégicos, operacionais e táticos que serão direcionados por ações relacionadas ao desenvolvimento da governança, marketing, estruturação do sistema de origem controlada, engajamento dos produtores e empresas, além da disseminação de conhecimentos e tecnologias.
A criação da marca territorial da Região Sudoeste de Minas representa um passo importante para o avanço dos produtores na organização e desenvolvimento do setor cafeeiro. Essa construção coletiva vem sendo realizada ao longo de três anos, quando o Sebrae iniciou um trabalho em parceria com um grupo de produtores da região. Diversas propriedades rurais do território são assistidas pelo programa Educampo, uma ferramenta de gestão essencial para a atividade cafeeira.
A primeira iniciativa desse trabalho foi a realização de um diagnóstico para avaliar o potencial de Indicação Geográfica (IG), um instrumento legal que garante a exclusividade do uso do nome geográfico por produtores e empresas do território. As IGs identificam um produto pela sua origem, agregando valor e ampliando o acesso a mercados específicos.
Em julho do ano passado, a Associação solicitou ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) o reconhecimento da Marca Coletiva Sudoeste de Minas, que tem como objetivo diferenciar produtos ou serviços oferecidos por membros de uma entidade coletiva daqueles de seus concorrentes.
A Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, fundada em 2021, conta atualmente com 56 associados e, a partir do lançamento da marca território, busca mobilizar um número cada vez maior de produtores para se unirem à entidade, visando fortalecer a sustentabilidade e a competitividade da cafeicultura na região.