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TECNOLÓGIA: GENÉTICA NA AGRICULTURA

Tesoura genética na agricultura: Edição genômica como aliada para produção sustentável de alimentos

Conheça como a técnica de edição genética, famosa na saúde, está revolucionando a agricultura e promovendo um modelo mais sustentável de produção de alimentos.
A startup de biotecnologia, por exemplo, desenvolveu plataformas de edição genômica focadas em culturas-chave como soja e milho, visando criar cultivares mais resistentes a pragas e mais adaptadas às condições climáticas variáveis. Foto: Divulgação

A técnica inovadora de edição genética, popularmente conhecida como “tesoura genética”, tem se destacado não apenas na medicina, mas também na agricultura, onde vem desempenhando um papel fundamental na transição para um modelo mais sustentável de produção de alimentos. Biotechs brasileiras estão na vanguarda desse movimento, utilizando essa tecnologia para desenvolver cultivares que demandam menos recursos hídricos, fertilizantes e pesticidas químicos, enquanto são mais resistentes a pragas e mudanças climáticas.

Em uma conversa com Paulo Arruda, CEO de startup de biotecnologia, ele explica que a edição genética na agricultura é comparável a editar um texto, onde pequenas modificações são feitas para aprimorar o desempenho global. Ao contrário dos transgênicos, essa técnica não envolve a inserção de genes estranhos, tornando-a uma solução “nature-based” que imita processos naturais de adaptação genética.

A aplicação prática dessa tecnologia resulta em cultivares mais resilientes, que demandam menos insumos e têm menor impacto ambiental. As plantas geneticamente editadas são capazes de resistir a pragas e doenças, reduzindo assim a necessidade de pesticidas químicos e preservando a biodiversidade do solo. Com isso, a produção agrícola torna-se mais sustentável e eficiente.

A startup de biotecnologia, por exemplo, desenvolveu plataformas de edição genômica focadas em culturas-chave como soja e milho, visando criar cultivares mais resistentes a pragas e mais adaptadas às condições climáticas variáveis. Essas inovações prometem não apenas aumentar a produtividade, mas também reduzir os custos de produção e o impacto ambiental da agricultura.

Em termos numéricos, a importância dessa tecnologia é inegável. Segundo dados da ONU, atualmente, 70% da água doce consumida no mundo é utilizada na produção de alimentos, e o Brasil, como um dos principais produtores agrícolas do mundo, desempenha um papel significativo nesse cenário. Além disso, o país gasta bilhões de dólares anualmente em pesticidas químicos, uma prática que pode ser reduzida com a adoção da edição genética.

Para Arruda, as técnicas de edição genômica representam uma das melhores esperanças para garantir a segurança alimentar global, especialmente diante do desafio de alimentar uma população em constante crescimento sem aumentar a pressão sobre os recursos naturais. Ao promover uma produção agrícola mais sustentável e eficiente, essa tecnologia pode desempenhar um papel crucial na preservação do meio ambiente e na adaptação às mudanças climáticas.

A revolução na agricultura rumo à sustentabilidade alimentar está em pleno andamento, e a “tesoura genética” é uma das ferramentas mais promissoras nesse processo. Ao unir inovação científica e compromisso ambiental, a edição genética está pavimentando o caminho para um futuro onde a produção de alimentos seja não apenas abundante, mas também ambientalmente responsável e socialmente justa.

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