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PECUÁRIA SUSTENTÁVEL

Estudo revela potencial fitoterápico do cajuzinho do cerrado no tratamento à mastite bovina

Pesquisa do Centro Universitário de Brasília destaca eficácia surpreendente da planta nativa na redução da resistência bacteriana, promovendo alternativa sustentável e acessível para a bovinocultura de leite
A descoberta do potencial fitoterápico do Cajuzinho do Cerrado abre novas perspectivas para a bovinocultura de leite, oferecendo uma alternativa eficaz, acessível e sustentável no tratamento da mastite. Foto: Divulgação

Estudantes do Centro Universitário de Brasília (CEUB) realizaram uma pesquisa inovadora que pode transformar o cenário da bovinocultura de leite no Brasil. O estudo, conduzido por Ana Paula Sales e Adriana Pujades, sob orientação da renomada Professora Dra. Francislete Melo, revela o potencial fitoterápico do Cajuzinho do Cerrado no tratamento da mastite bovina, uma condição que impacta significativamente a produção e a economia do setor.

A mastite bovina, caracterizada pelo processo inflamatório na glândula mamária das vacas, é uma preocupação constante para os produtores de leite. De acordo com dados da Embrapa, é a doença que mais afeta a bovinocultura de leite nacional, gerando prejuízos econômicos substanciais. O uso excessivo de antibióticos no tratamento convencional tem levado a resistência bacteriana, danos celulares e riscos à saúde, tanto dos animais quanto dos consumidores.

A pesquisa do CEUB buscou uma abordagem inovadora, explorando o potencial da medicina integrativa em bovinos. As estudantes coletaram amostras de leite de vacas diagnosticadas com mastite e testaram diferentes extratos de plantas, incluindo o Cajuzinho do Cerrado. Surpreendentemente, este último destacou-se, apresentando resultados superiores ao antibiótico convencional, inibindo eficazmente o crescimento bacteriano.

Ana Paula Sales enfatiza a importância da pesquisa, destacando a viabilidade da medicina integrativa. “Acreditamos que essa abordagem pode oferecer uma alternativa viável, especialmente considerando que os medicamentos utilizados são derivados de recursos comuns encontrados em nosso bioma, no cerrado. Compreendemos a complexidade do ambiente real, onde a interação entre medicamento, animal e ambiente pode influenciar os resultados”, destaca.

A professora Francislete Melo, orientadora do estudo, destaca a relevância dos resultados. “É possível combater a resistência bacteriana por meio de tratamentos complementares com extratos facilmente encontrados em nosso ecossistema local. Este é um passo fundamental para promover práticas sustentáveis na pecuária e preservar a eficácia dos tratamentos”, ressalta a docente.

A descoberta do potencial fitoterápico do Cajuzinho do Cerrado abre novas perspectivas para a bovinocultura de leite, oferecendo uma alternativa eficaz, acessível e sustentável no tratamento da mastite. Este avanço não apenas beneficia a saúde dos animais, mas também contribui para a preservação da qualidade do leite e para a economia do setor.

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