Em 2023, a economia brasileira superou as expectativas iniciais, apresentando indicadores como o Produto Interno Bruto (PIB), inflação e taxa básica de juros (Selic) melhores do que o previsto. O Banco Mundial estima que o PIB cresceu 3,1% ao longo do ano, indicando um cenário mais otimista.
Economistas destacam que a inflação deve ser menor em comparação com 2022, e a taxa Selic diminuiu, atingindo 11,75% no final de 2023, com projeções para encerrar 2024 em 9,25%. No entanto, mesmo com a geração de empregos impulsionando a economia, o professor Ahmed Sameer El Khatib, coordenador do Instituto de Finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), prevê um crescimento mais modesto em torno de 2%.
El Khatib destaca que, em 2024, a inflação dos alimentos pode voltar a subir, afetando as famílias de baixa renda e apresentando desafios significativos para o país. A redução da taxa Selic e políticas de estímulo adotadas pelo Governo Federal contribuíram para o desempenho econômico favorável, mas medidas adicionais serão necessárias para lidar com o possível aumento da inflação.
“A taxa de juros e o cenário internacional são fatores que podem contribuir para uma redução do PIB. O governo tem um grande desafio para 2024, pois será preciso reduzir as despesas para atingir a meta de déficit zero nas contas públicas, talvez o principal desafio para esse ano”, destaca El Khatib.
Reflexos nas classes baixas: Impacto na geração de empregos e custos de vida
Uma possível queda do PIB pode refletir na geração de empregos e na renda, enquanto a inflação dos alimentos pode gerar pressão adicional sobre os custos de vida, especialmente para as famílias de baixa renda. As mudanças na economia brasileira, embora positivas, enfrentam desafios em meio a um cenário global desafiador.
Em conclusão, Ahmed Sameer El Khatib, especialista em finanças, ressalta que as mudanças econômicas têm sido recebidas de maneira positiva, mesmo diante das incertezas globais, como a crise na Ucrânia e o conflito entre Israel e o Hamas.