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Brasil Mantém Fluxo de Importações com China, EUA e Alemanha no Primeiro Semestre de 2023

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Brasil apresentou um superávit e revela insights sobre os parceiros comerciais brasileiros nos primeiros seis meses do ano
Foto: Freepik

Em um cenário de crescente interesse nas relações comerciais internacionais, dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) revelam que o Brasil obteve um superávit de US$ 45 bilhões no primeiro semestre deste ano. Aprofundando-se nesse contexto, o Grupo Descartes System, líder global na integração de negócios logísticos no comércio, por meio de sua ferramenta Descartes DatamyneTM – que oferece a maior base de dados pesquisável de comércio global, abrangendo 230 mercados em cinco continentes – lançou informações sobre as importações no primeiro semestre de 2023.

O relatório aponta a China como líder pela segunda vez consecutiva nas exportações para o Brasil no primeiro semestre de 2023. No ano anterior, a contribuição chinesa totalizou US$ 27,9 bilhões (21,57% do total), enquanto neste ano o valor alcançou US$ 25,5 bilhões (21,17% do ranking total). “Nossa análise indica que mais de 8% das importações chinesas para o Brasil correspondem a componentes eletrônicos e semicondutores. Devido à crise dos chips resultante da guerra entre Rússia e Ucrânia, o Brasil enfrentou desafios significativos, especialmente na indústria automobilística. Para mitigar essa questão, há esforços para estabelecer fábricas especializadas na produção de semicondutores para suprir essa demanda”, afirma Helen Abdu, Responsável pelo Datamyne na América Latina.

Os Estados Unidos se posicionam em segundo lugar no ranking, mas com um volume de importações reduzido: de US$ 25 bilhões (19,2% do total) em 2022 para US$ 19,6 bilhões neste ano (16,29%). Notavelmente, a Alemanha ascendeu no ranking e ultrapassou a Argentina, ocupando o terceiro lugar com um aumento nas exportações para o Brasil durante o primeiro semestre. Enquanto em 2022 o país europeu registrou um volume de US$ 5,8 bilhões (4,50% do total), este ano alcançou US$ 6,5 bilhões (5,47% do total), indicando um crescimento em torno de 13%.

O ranking também revela mudanças nas posições de outros países, resultando na seguinte ordem: Argentina, Rússia, Índia, Itália, França, México e Japão.

O levantamento também avaliou os produtos mais importados durante o primeiro semestre de 2023, de acordo com o código NCM (Nomenclatura Comum do Mercosul). A liderança foi ocupada pelos combustíveis e óleos minerais de petróleo (código NCM 27090010), correspondendo a 3,84% das importações, totalizando US$ 4,6 bilhões. O óleo diesel (código NCM 27101921) ficou em segundo lugar, representando 3,66% do total (US$ 4,4 bilhões) no mesmo período.

Por fim, os fertilizantes (Código NCM 31042090) ocuparam a terceira posição, totalizando 2,13% (US$ 2,5 bilhões). “O cenário de importações brasileiras é diversificado. Apesar de combustíveis e óleos minerais liderarem, produtos da indústria de transformação também ganham relevância neste cenário”, complementa Abdu.

Em relação às perspectivas, a especialista da Descartes destaca que a economia global está sujeita a flutuações devido às condições econômicas e incertezas. “Mesmo com um superávit comercial positivo, as oscilações na economia de países-chave podem impactar a demanda e levar a uma queda nos preços, especialmente para commodities energéticas, como petróleo. Prever o segundo semestre é desafiador, com variáveis cambiais que podem influenciar diretamente nosso comércio”, conclui a executiva.

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