A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou hoje (17) a notícia divulgada pelos Ministérios da Agricultura e Pecuária e das Relações Exteriores sobre o restabelecimento do modelo de “pré-listing” para a aprovação de plantas exportadoras de carne de frango para o Reino Unido. Essa medida reforça a confiança do mercado britânico no sistema brasileiro de inspeção e facilita a autorização das exportações para esse destino de alto valor agregado para a avicultura brasileira.
De acordo com o sistema de “pré-listing”, todas as empresas que desejarem embarcar carne de frango para o Reino Unido precisam ser aprovadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária brasileiro, não sendo mais necessário passar por missões de habilitação individual conduzidas pelas autoridades britânicas. As missões do Reino Unido agora se concentrarão em revalidar o sistema brasileiro de inspeção, demonstrando a alta confiança nas práticas de qualidade do Brasil.
Para Ricardo Santin, presidente da ABPA, além de agilizar o processo de autorização das exportações para o Reino Unido, o sistema de “pré-listing” expande o acesso de mais empresas brasileiras a um dos maiores mercados consumidores de carne de frango do mundo, proporcionando mais opções de comercialização aos exportadores nacionais.
Entre janeiro e junho deste ano, o Brasil exportou aproximadamente 53,3 mil toneladas de carne de frango para o Reino Unido, gerando uma receita de US$ 166,3 milhões. O país europeu figura entre os quinze maiores importadores do produto avícola brasileiro.
Além do retorno ao sistema de “pré-listing”, outro avanço importante anunciado é o aceite do Reino Unido do modelo de regionalização para possíveis ocorrências de Influenza Aviária na produção comercial brasileira. É importante destacar que o Brasil não registrou nenhum caso da doença em granjas industriais até o momento.
As relações comerciais entre exportadores de carne de frango do Brasil e o Reino Unido têm sido fortalecidas em 2023. Em abril, o país europeu atualizou o sistema de cotas de importação para o produto brasileiro, expandindo as cotas para 96,5 mil toneladas anuais, um aumento de 16,6 mil toneladas. Essa ampliação das cotas representa um potencial de incremento de cerca de US$ 60 milhões nas exportações brasileiras.
Com o restabelecimento do sistema de “pré-listing” e a aceitação do modelo de regionalização, o Brasil reafirma sua posição no cenário mundial como um importante player do agronegócio, consolidando sua presença no exigente mercado britânico e abrindo novas perspectivas para o setor avícola brasileiro. O trabalho conjunto entre os Ministérios envolvidos e o setor privado tem sido fundamental para impulsionar o crescimento, a inovação e a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional.