O mercado de exportação de genética avícola do Brasil está em ascensão em 2023, com um crescimento expressivo de 103,4% nas vendas acumuladas até maio, impulsionado principalmente pelas exportações para países das Américas. Os dados são de um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
De acordo com o estudo, as exportações de genética avícola, que incluem pintos de 01 dia e ovos férteis, alcançaram um volume de 12,5 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano, superando significativamente as 6,183 mil toneladas registradas no mesmo período de 2022.
Além do aumento no volume de vendas, a receita gerada pelas exportações de genética avícola também teve um desempenho impressionante, acumulando uma alta de 71,9% neste ano. O total de US$ 113 milhões em receita até maio de 2023 supera os US$ 65,7 milhões registrados no mesmo período do ano anterior.
No mês de maio, as exportações brasileiras de material genético avícola atingiram 2,388 mil toneladas, representando um aumento de 137,6% em comparação com o mesmo período de 2022. Em termos de receita, o crescimento foi de 90,1%, totalizando US$ 21,184 milhões no quinto mês deste ano, contra US$ 11,145 milhões no mesmo período do ano anterior.
Dentre os principais importadores de genética avícola brasileira, destaca-se o México, que importou 7,998 mil toneladas entre janeiro e maio de 2023, registrando um aumento de 314,2% em relação ao ano anterior. Outros países que se destacaram foram o Peru, com um crescimento impressionante de 2663% e a Venezuela, com um aumento de 1431% nas importações. Apesar de alguns países apresentarem variações negativas, como Senegal, a tendência geral é de crescimento e fortalecimento das parcerias comerciais na região.
Ricardo Santin, presidente da ABPA, ressalta a importância das parcerias estabelecidas entre os produtores locais e as casas genéticas do Brasil, que se consolidaram como uma plataforma segura para o fornecimento de insumo genético às cadeias produtivas do continente. Ele afirma que espera-se que esse ritmo de embarques se mantenha ao longo deste ano, impulsionando ainda mais o mercado de genética avícola brasileira.