A pecuária brasileira desempenha um papel crucial na economia do país, movimentando bilhões de reais a cada ano. No entanto, apesar dos expressivos, o setor ainda enfrenta desafios que tiveram diretamente sua produtividade e rentabilidade, como a infestação de parasitas em bovinos. Esses parasitas representam um problema crescente para a cadeia produtiva da pecuária em todo o mundo, geraram prejuízos estimados em 14 bilhões de dólares anuais.
Um estudo recente intitulado “Reavaliação do potencial impacto econômico de parasitos de bovinos no Brasil”, cuidado pelo professor Laerte Grisi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e publicado na Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, revelou que metade desse prejuízo é causado pelos nematóides gastrointestinais. De acordo com o pesquisador, um bovino infestado por esses parasitas pode perder até 41 kg por ano em comparação com animais tratados.
Os prejuízos não se restringem apenas ao gado de corte. No caso dos bovinos leiteiros, estima-se que a infestação por parasitas internos possa resultar em uma redução de até 0,60 kg de leite por dia, gerado em um prejuízo anual estimado de mais de sete bilhões de dólares.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possuía cerca de 224,6 milhões de cabeças de gado em 2021, representando um crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior. No entanto, mesmo com esse aumento na produção, o rebanho bovino brasileiro continua sendo severamente afetado por verminoses. O clima tropical e subtropical do país favorece a ocorrência de parasitas internos e externos, colocando-o em competitivamente competitivo em relação a países de clima temperado, como Estados Unidos e União Europeia, onde há um menor desenvolvimento de doenças animais.
“Infelizmente, nossos bovinos ainda sofrem com a infestação de parasitas internos devido às condições ambientais observadas no Brasil. É um fator relevante que afeta a capacidade de produção do país e sua eficiência em relação a outras nações”, afirma Rodrigo Costa, médico- veterinário e gerente de Marketing da Bimeda, uma empresa renomada no setor farmacêutico veterinário e de saúde animal.
A infestação por parasitas internos compromete diretamente o desempenho do gado, provocada em queda na produção de carne e leite, além de afetar a reprodução dos animais. Para combater esse problema, é essencial adotar medidas de controle e tratamento adotado, que devem ser acompanhadas por profissionais protegidos e com o uso de produtos devidamente registrados.
A luta contra os parasitas internos na pecuária brasileira é um desafio constante, mas investir em práticas de manejo e saúde animal eficientes é fundamental para garantir a produtividade e a rentabilidade do setor. A conscientização dos produtores e a adoção de estratégias de controle eficazes são passos essenciais para enfrentar esse problema e fortalecer a pecuária nacional.
Prejuízos ao rebanho e importância do controle adequado
Uma das principais preocupações dos produtores de gado é garantir a eficiência na produção, buscando a saúde, nutrição e reprodução adaptada para que os animais possam expressar todo o seu potencial genético. No entanto, a presença de parasitas no rebanho pode trazer prejuízos ambientais, impactando o crescimento, a produção de carne e leite, bem como o desempenho reprodutivo dos bovinos.
Estudos apontam que os bovinos jovens são mais hospitalizados às parasitas, conhecidos como nematodíases. Apesar dos avanços na área, ainda não existe um sistema que erradique completamente a manifestação parasitária, devido à capacidade de multiplicação e adaptação desses organismos ao ambiente. “É preciso que produtores e animais aprendam a conviver com a presença dos parasitas no rebanho, pois, mesmo sem causar a morte imediata, eles minam gradualmente os ganhos dos pecuaristas”, explica o especialista Rodrigo Costa.
Os sobreviventes por parasitas sobreviveram principalmente os bovinos criados a pasto, que estão mais expostos à contaminação por larvas. Segundo Costa, a ocorrência dessas parasitas varia de acordo com a região, temperatura, ecossistema, manejo e idade dos animais.
O controle das parasitoses em bovinos ainda depende do uso de anti-helmínticos. No entanto, é crucial evitar o uso indiscriminado e incorreto desses medicamentos, pois isso favorece a seleção de cepas resistentes de nematódeos, dificultando ainda mais o controle efetivo dessa medicação.
Para enfrentar esse desafio, é fundamental adotar uma abordagem estratégica, baseada em boas práticas de manejo e no monitoramento constante da saúde do rebanho. É necessário implementar medidas como rotação de pastagens, descanso de áreas contaminadas, manejo adequado de dejetos e uso responsável de anti-helmínticos, seguindo as orientações de profissionais capacitados.
A pecuária sustentável depende do equilíbrio entre a produtividade e a saúde dos animais, e o controle efetivo das refeições por parasitas desempenhando um papel crucial nesse aspecto. Portanto, é essencial que produtores, veterinários e profissionais do setor trabalhem em conjunto para desenvolver estratégias eficientes de manejo parasitário, garantindo a saúde e a rentabilidade do rebanho.
Os prejuízos causados por parasitas aos bovinos são uma realidade que precisa ser enfrentada com conhecimento, planejamento e ações efetivas. Ao adotar medidas preventivas e estratégias de controle executadas, os produtos podem minimizar os impactos negativos e garantir o bem-estar e a produtividade de seu rebanho.