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SAÚDE DO CAMPO A CIDADE

O Agro está em tudo: Pesquisador da UFG desenvolve pesquisa promissora com a Mama-Cadela, a planta do cerrado brasileiro, que ajuda no tratamento de vitiligo

Entrevista exclusiva com o pesquisador Edemilson Cardoso da Conceição, revela avanços na pesquisa que utiliza a planta mama-cadela para tratar o vitiligo

Do campo à cidade, o assunto no Papo Reto com o Profissional em Destaque, é pesquisa, e essa pode mudar a vida de muita gente. O pesquisador da Universidade Federal de Goiás (UFG), do curso de Farmácia, desenvolveu um trabalho com uma planta muito conhecida no cerrado brasileiro: a mama-cadela. Essa pesquisa com a mama-cadela é a esperança para muitas pessoas que são portadoras de vitiligo, uma doença que causa manchas na pele. Para se ter uma noção, só no Brasil são mais de um milhão de pessoas portadoras de vitiligo.

A mama-cadela é uma planta nativa da região central do Brasil, de origem do cerrado, Amazônia, caatinga e mata atlântica. Conhecida cientificamente como  Brosimum gaudichaudii Trécul e popularmente como, mama-cadela, amoreira-do-mato, apê, apê-do-sertão, conduro, mamica-de-cachorra, mamica-de-cadela, maminha-de-cachorra. As características da planta é em arbusto encontrado no cerrado, com frutos pequenos e arredondados e tem sido usada na medicina tradicional por gerações.

No entanto, a pesquisa do professor Conceição, lança uma nova luz sobre seu potencial para tratar condições dermatológicas, como o vitiligo. A pesquisa revelou que a mama-cadela contém compostos naturais que têm a capacidade de estimular a pigmentação da pele. Esses compostos agem como ativadores de melanócitos, as células que produzem pigmento na pele. Para aqueles que sofrem de vitiligo, onde os melanócitos estão danificados ou inativos.

E essa pesquisa iniciou há maios ou menos 15 anos, o pesquisador e professor do curso de Farmácia da UFG, Edemilson Cardoso da Conceição, explica que quando ele e sua equipe perceberam o potencial das propriedades da mama-cadela no tratamento da vitiligo, surgiu a ideia de criar alguns produtos que pudesse ser uma alternativa de tratamento para melhorar a qualidade de vida dos pacientes com a doença de forma segura.

Atualmente, a pesquisa encontra-se em fase de formulações e testes clínicos, com resultados preliminares promissores que indicam uma melhora significativa na repigmentação da pele afetada pelo vitiligo. Os pacientes que receberam tratamento com extratos de mama-cadela observaram uma repigmentação significativa das áreas afetadas pelo vitiligo. Embora ainda haja muito trabalho a ser feito para compreender completamente o mecanismo de ação e estabelecer diretrizes de tratamento, os resultados iniciais são um raio de esperança para muitos.

“O uso é tópico, por exemplo, a pessoa passa o gel, expõe ao sol da manhã, no horário de 10 horas, por 10 a 15 minutos, todos os dias. Não pode ser em horário que a exposição solar esteja intensa, como no horário das 14 horas. E após o uso do produto, é importante lavar e passar protetor solar”, explica o pesquisador. Ele ainda faz um alerta, o uso indiscriminado da planta ou produto, pode ter uma série de danos, pode causar mais danos que benefícios, principalmente no fígado, na visão, na retina e pode ate levar a cegueira. Então atenção! É importante buscar ajuda médica, conhecimento, pessoas capacitadas para prescrever o uso do tratamento.

O professor Edemilson, ainda esclarece que, a doença esta relacionada com o emocional, não é genética e que atualmente não existe uma cura definitiva para o vitiligo. No entanto, existem diversos tratamentos disponíveis para controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa com a mama-cadela busca uma abordagem complementar, explorando as propriedades da planta para promover a repigmentação da pele afetada.

Confira mais na entrevista:

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